Militares aceitam proposta do governo e suspendem Operação Padrão

Categoria esteve reunida durante boa parte da manhã de sexta-feira, na sede da Assomal

Após horas de assembleia, os integrantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros aceitaram, no começo da tarde desta sexta-feira (27), a proposta elaborada pelo governo do Estado. Eles disseram sim ao plano elaborado pelo Executivo e decidiram suspender a chamada \"Operação Padrão\". Os militares asseguraram que não vão às ruas caso as viaturas não estejam de acordo com o que dispõe a lei, bem como os homens que não possuem curso para dirigir os carros de emergência.

De acordo com o coronel Ivon Berto, presidente da Associação dos Servidores da Segurança Pública de Alagoas, a Operação Padrão chegou ao fim após o compromisso do Executivo em assinar um Termo Ajustamento de Conduta (TAC) garantindo que os condutores das viaturas receberão o curso para direção de carros de emergência. No entanto, o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, major Fragoso, negou o fim do movimento.

\"Como o governador e Ministério Público se comprometeram em assinar o TAC, os militares voltam às ruas. Por meio do termo, todos os homens poderão receber o curso no prazo de 90 a 180 dias. Com o vencimento deste último ponto, acredito que não há mais necessidade da Operação Padrão. Todos os pontos colocados mostram que saímos desse movimento vitoriosos\", destacou Ivon.

Em entrevista coletiva na manhã dessa quinta-feira (26), o governador Teotonio Vilela Filho anunciou o investimento na ordem de R$ 16 milhões que serão destinados para estruturação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O recurso, segundo Vilela, será do empréstimo que o Estado assinará em Brasília, junto ao Banco Mundial. Entre as medidas, há previsão de construção de mais cinco batalhões, compra de novos fardamentos, viaturas e equipamentos, além da expansão do videomonitoramento.

Já à noite, na reunião com os líderes militares, o tucano garantiu o realinhamento de todas as faixas salariais. Exceto os soldados, que terão apenas uma faixa, com a garantia do repasse para os salários de R$ 2,8 milhões, acrescentando ainda a disponibilização de mais R$ 14 milhões para uma nova tabela de escalonamento, sendo R$ 6 milhões em 2014, e mais R$ 8 milhões até março de 2015.