ELEGIA DO DESENCONTRO

Poesias

Por José Geraldo W. Marques

Vai, Mulher, traz-me uma garrafa
De lágrimas gelada
Acompanhada
De dois dedos de conhaque
De alcatrão
De São João da Barra
Pois eu quero afogar a solidão
Que me agarra!

Me diga: pra que tanto luar
Se hoje eu estou malfeito
E só tenho os meus defeitos
Para mostrar?

Será para relembrar
Tantos amores não tidos
Tantos amores contidos
Tantos amores perdidos
Por quem mal soube amar?

Vai, depois acende uma lareira
No meu coração
E canta aquela canção ligeira
Despossuida de paixão, vai!

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