Na floresta de concreto
Que cerca meu edifício
Há um luar de silício
Incrivelmente belo
É o setembro amarelo
A evitar precipicios
Dos que gritam em silêncio
Nos coros dos suicídios
Há certezas que se esvaem
E tristezas que se achegam
Nas ventanias brutais
Dos intentos escondidos
Que atracam neste cais
Onde há gaivotas acesas
Onde a onda que vem não vai
Levar as nossas tristezas
É o setembro amarelo
Prometendo acender estrelas
Entre as nuvens escurecidas
Pela patina da vida
SETEMBRO AMARELO
PoesiasPor José Geraldo Wanderley Marques 17/09/2020 - 23h 09min

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