NOSSOS TESOUROS, NOSSOS FANTASMAS

Reflexões

Pe. Adalto Alves Vieira

Refere-se na história que os antigos castelos medievais europeus, guardavam em seus lugares mas abscônditos os tesouros das grandes famílias, como também os esqueletos dos seus inimigos, que postos ante eles, ficavam como que a vigiar tais riquezas, causando medo àqueles que por acaso viessem roubá-las.

Quantos de nós temos em nossas regiões mais escondidas tantas coisas boas (os tesouros), todavia, não as percebemos. Entretanto, temos aquilo que nos assombra, nos causa horror, medo. São os esqueletos dos nossos inimigos, isto é, nossa ruindade, nosso egoismo, nosso orgulho, nossas paixões desordenadas, numa palavra, nossos pecados.

Precisamos achegar-nos àquele que é misericórdia, todo amor, toda justiça, todo perdão e, sob sua luz, reconhecer-nos pecadores, e, confessando-nos, provarmos sua clemência, sua bondade; “provai e vede como Deus é bom! Feliz o homem que Nele encontra seu refugio!” (Sl 33,9).

Porquanto, fazendo tal experiência com o senhor, deixemos que a luz de sua graça dissipe nossos fantasmas, nossas trevas, nossos horrores e afugente outrossim, todos os nossos pecados, destruindo destarte, aquilo que é mau e fazendo despontar em nós aquilo que é bom, o tesouro que já carregamos em nós, sem nos darmos conta.

Que a glória do Senhor, manifestada a nós no seu Natal, volte a brilhar em nossos rostos!

Que o Senhor se volte para nós e nos dê a sua paz!

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