EU E AS ÁRVORES

Contos

Remi Bastos/João do Mato

Sinto que meu corpo já não me obedece
Meus pensamentos não são mais os mesmos,
Minhas forças escapam aos meus domínios
Não sei mais o que sou nem onde estou.

Nuvens dispersas passeiam num céu distinto
Como paisagens etéreas desfeitas ao vento,
Sinto um vazio, estranho mundo que aflui
Sigo sozinho serpenteando o caminho, à procura do nada.

Passam as horas, passa o tempo, tudo passa,
Do outro lado da rua as pessoas param
Enquanto as árvores liberam suas folhas
Deixando no ar o perfume das flores.

Eu queria ser como aquelas árvores
Que no aconchego dos seus galhos
Acolhe os pássaros em busca do ninho
E enfeitam a natureza com suas floradas coloridas.

(Dedico este poema ao amigo e colega João do Mato, para sempre lembrarmos o dia 09/12/2013, no Restaurante do João do Lixo e no Bar Ancoreta, em Santana do Ipanema/AL).

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VALE A PENA..

Passadas as nuvens,
E as folhas caídas,
Qual fruta de Jambolão,
Mas vendo ainda o arco-íris
E distinguindo as matizes
No emaranhado que a compõem.
Sentindo ainda o Tum-tum do coração.
E vozes na cacofonia de uma farra.
Mesmo que em alguma garrafa esbarre.
Ainda vale a pena enfrentar esse entrave.
Diante do prazer de conviver com os amigos,
De freqüentar os bares da vida
E rever os lugares memoráveis antigos.

Um grande abraço,Transgênico.

João do Mato

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