Meados dos anos 60 e 70
As mudanças nasciam
Do comportamento do folião,
Nas ruas em meio a multidão
Um bloco carnavalesco
Lembrando o Bacalhau
Destacava-se entre os demais,
Era o Bloco do Bacurau.
Não sei se registraram
Na memória do santanense
A marchinha ritual do velho bloco
Cantada “in loco”
Nos carnavais da cidade,
E que partindo da Rua Nova
Liberavam a alegria
No ritmo do frevo e da prosa.
Zé Carvalho e João TNA
Juntamente com João do Mato
O antigo João Bestão,
Conduziam o arrastão
Atraindo os foliões
Comandados por Lopreu,
Enquanto puxavam fogo
Nivaldo Aleixo e Ageu.
João Neto de Zérubano,
Não soltava o copo da mão,
Porém, Raposo e Lobinho
Sempre arranjavam um jeitinho
De Tomar a saideira
Na saída do portão,
Dividindo o trago
Com o saudoso Lobão.
Mas, hoje tudo é passado
Só a lembrança ficou,
Acabou-se o carnaval
E o Bloco do Bacurau.
A Rua Nova chorou
Uma tristeza que não se mede
No adeus a um folião
Que se chamava Arquimedes.
Aracaju/SE, 06/05/2013
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