FORRÓ IMPROVISADO

Versos e Prosas

Remi Bastos

João do Mato na zabumba
Fazia a marcação,
Avelar no reco-reco
Tocava tirando eco
No chocalho do Barão.

Cocada marcava o tempo,
No compasso dois por nós,
Capiá todo empolgado
Assobiava o dobrado
Arremessando os bemóis.

Ormanzinho no pandeiro
Fazia jogo de mãos,
Nem o “Pedo Mão de Aço”
Com todo desembaraço
Teve tanta atuação.

Zé Marques traçava o “pife”
Tirando sons diferentes,
Tamanquinho “sastifeito”
Dizia com a mão no peito,
Eita tocador serpente!

O forró continuou
No salão empoeirado,
Zé Carvalho e Zé Ialdo
Tomaram tanto alcatrão
Que dormiram no mercado.

E o Silvio de Jandira
Com a sua jerigonça,
Mandou-se bem de fininho
Foi se encontrar com Quidinho
La no Bar Bafo da Onça.

Levi irmão do Malta
Fazia a cobertura,
Entre uma foto e outra
Tomava uma marota
Pra não perder a postura.

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