Mãos que o tempo moldou
Como o oleiro ao barro,
E fez da inocência do seu gesto
Uma escrava da velhice.
Mãos que acariciaram e perdoaram
Nos dissabores da vida,
Que enxugaram as lágrimas incontidas
Nas faces mais lindas e tímidas.
Mãos que acenaram na partida,
E se encobriram na curva da estrada
Num adeus que se perdeu.
Mãos tantas vezes beijadas,
Hoje calejadas e desprezadas
Por um amor que não foi seu.
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