SOMOS FILHOS PRÓDIGOS

José Vaneir Soares Vieira

"E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra distante e ali desperdiçou a sua herança, vivendo dissolutamente” (Ev. de Lucas 15.13).

A Parábola do filho Pródigo é universal, pois é uma das parábolas mais contadas e recontadas no mundo. E sua lição é linda. É a minha e a sua vida, pois todos nós somos filhos pródigos em certo sentido. Há aqui um pródigo, um dissipador, esbanjador, gastador de bens recebidos do pai, para os quais não trabalhou. Ele sai da casa do pai, vão conhecer o mundo novo e ali se esbalda em prazeres, luxuria e desejos perversos, até ficar sem nada, pois a orgia lhe consume até a própria alma. Cai no fosso, na miséria, na escravidão dos outros, sendo levado a cuidar de porcos, que representa uma situação de miserabilidade extrema. Mas ele se arrepende e volta-se para seu pai que o recebe, perdoa e reintegra ao seio familiar. Sua vida e posição são restauradas.

Mas eu quero trazer isso para nós. Tal é a situação do ser humano, da pessoa que vive neste mundo. Sendo criaturas de Deus, feitas por Ele, as pessoas têm vivido como filhos pródigos no mundo, pois recebendo bens de Deus, favores, bênçãos, misericórdia, graça e uma infinidade de benefícios do Criador, têm essas mesmas pessoas, semelhante ao Filho Pródigo, pego tais favores de Deus e estragado neste mundo das mais diversas formas. As pessoas simplesmente vivem longe de Deus, elas não procuram conhecer a Ele ou buscar a Sua pessoa; antes, vemos como essas mesmas pessoas vivem suas vidas egoisticamente, pois têm tempo para tudo, mesmo para Deus. Cada um se encontra ocupado com suas tarefas e obrigações, seja trabalho, seja família, seja estudo, seja lazer, seja curtição. Seja lá em que você esteja envolvido. As pessoas só pensam nelas.

Todos os dias as pessoas estão gastando essas bênçãos de Deus inconseqüentemente, estragando, dissipando ou esbanjando em prazeres, vícios loucos, orgias, vaidades e num consumismo desenfreado. Ninguém pensa, reflete ou medida no fato de que Deus definitivamente não faz parte da vida de muita gente. É só uma figura que faz parte do cotidiano religioso e da vida religiosa de muitos.
Tal qual o filho pródigo que se viu ao final em total desespero, pois cai em si ao vê que a verdadeira felicidade estava na casa do pai e somente se encontrou quando para lá voltou, assim mesmo o ser humano somente encontrará paz em Deus e somente será feliz Nele.

Pense nisso!

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