VENCEDORES E PERDEDORES REVERSOS

Pe. José Neto de França

A cada período eleitoral no Brasil muitos se surpreendem com os desfechos pós-eleição.

A alegria contagiante, por vezes excessiva e agressiva, de uns com as tristezas de outros; os descasos, desrespeitos de muitos gestores com os resultados adversos das urnas, com a maestria, o respeito a coerência administrativa de outros são visíveis em todos os cantos e recantos do Brasil...

Desde que despertei para o entendimento que tenho presenciado esses acontecimentos.

Alguns gestores quando não conseguem a reeleição, além de não terem feito um bom governo, e isso “justifica” suas atitudes, abandonam de vez o município, entregando ao seu sucessor uma prefeitura totalmente depredada. Certa vez, um gestor que assumiu uma prefeitura me chamou para ver de perto o estado de calamidade com que a recebeu.

Por outro lado, há gestores que mostrando toda sua responsabilidade e respeito para com seus munícipes, independentemente se votaram nele ou não, seguem seu trabalho demonstrando respeito e grandeza de espírito, dando uma verdadeira aula de civilidade.

Notamos nas eleições desse ano de 2020, algo bem interessante: Não foi o candidato “tal” ou o candidato “qual” quem ganhou ou perdeu , ou mesmo ainda vai ganhar ou perder as eleições (levando em consideração o 2º turno que irá acontecer nos municípios com mais de 200.000 habitantes, onde nenhum dos candidatos alcançaram mais de 50% dos votos).

Quem ganhou e quem perdeu, ou quem ainda vai ganhar ou perder? Os munícipes de cada município do território brasileiro. Isso porque quem escolheu ou quem vai escolher foram ou serão eles.

Os candidatos articulam positiva ou negativamente. Muitos negociam votos, lançam mão de meios obscuros, ilícitos... Mas não decidem nada. Deixa a responsabilidade com o eleitor. Esse é quem, livremente, cometerá justiça ou injustiça ao tomar a decisão que lhe apraz.

No caso de uma boa escolha, desvenda-se a esperança de um futuro mais promissor.

Já quando ocorre uma má escolha, seja movida por bens materiais/temporais, pela paixão ao candidato ou por outras motivações espúrias, o futuro, pelo menos no que diz respeito a nova gestão, parece ser sombrio, embora precise-se torcer para que não o seja.

De qualquer forma, todos – vencedores e perdedores – devem rezar e torcer para que haja bom senso de ambos os lados para que o bem comum prevaleça...

A vida segue!!!

Enigmas da vida...
EGO, ME IPSO!!!
[Pe. José Neto de França]

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