UMA LUZ FORTE O VENTO NÃO APAGA

José Malta Fontes Neto

Certa feita, numa floresta distante, o tempo estava um tanto quando sombrio. A possibilidade de chuva e muito frio era eminente. Encontrávamos um conjunto de moradores cuja experiência nessas situações eram bastantes e esses moradores saíram em expedição em busca de alimentos e madeira para agasalhar-se quando a tempestade chegar.
Entraram de floresta a dentro e não se aperceberam que as horas passavam depressa e logo iria anoitecer. Esse grupo estava preparado apenas para o período diurno, mas a noite logo caíra.
Alguém perguntou precisamos nos proteger? Logo um companheiro pula de lado e diz: sou exímio em acampamento, construiremos um abrigo. Outro diz sei fazer uma boa refeição e do alimento que arranjamos tiramos um pouco para esta noite. Um companheiro disse: estou pronto a ajudar, pode contar comigo, só que não sei fazer muita coisa.
Toda ajuda que chegasse era importante, pois a tempestade viria a qualquer momento. Tudo foi preparado, o acampamento, a madeira para a fogueira os alimentos estavam prontos a serem preparados mais uma coisa faltou. Como acender o fogo. E uma pergunta surgiu: alguém trouxe ou fósforo, isqueiro ou algo que possa acender a fogueira? Ninguém havia lembrado desse pequeno detalhe, mas aquela pessoa que havia se prontificado a fazer qualquer coisa, mais afirmava que não sabia o que, disse: fósforo eu não tenho, nem mesmo um isqueiro mas com essas duas pedras, lembrando o exemplo dos nosso ancestrais iremos fazer a nossa fogueira. Todos riram isso é tempo perdido, isso só funcionava para os homens das cavernas. Mas a pessoa insistia vou tentar, tentar até conseguir. E começou a tarefa. As pedras soavam uma nas outras e nada das faiscas aparecerem. Um dizia está vendo isso não funciona, mas aquela pessoa afirmava, no momento só me resta fazer isso, e neste instante é o mais importante, vou continuar.
As horas iam passando, o grupo já um pouco em pânico e aquele companheiro insistentemente debruçado sob a fogueira continuava a bater as suas duas pedras em busca do fogo.
Em dado momento, quando já aproximava uma goticula de chuva, uma maravilhosa faisca surgiu e um pequeno graveto acendeu... outro... mais outro e em pouco tempo uma maravilhosa fogueira estava pronta. Os companheiros chegaram até a aplaudir aquele que, no seu intimo maior, estava não orgulhoso, mais aliviado pois o seu trabalho, que foi executado com amor , surgiu do mesmo amor pelo grupo e foi executado. A maneira primitiva, o crença no seu potencial e a força interior daquele que acreditando em si foi em busca da luz , e foi capaz de clarear aquecer preparar os alimentos e afugentar o medo daqueles que até duvidaram mas viram as maravilhas do criador.
Amados irmãos em meio as tempestades da vida cotidiana, acreditemos não no que os outros dizem, mais na nossa própria luz. Transcendemos a barreira do intransponível e vejamos as maravilhas do nosso PAI que nos ama muito e sempre está alerta as nossas inquietações.

S.IPANEMA/AL 09/12/1998

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