A imprensa destaca que este ano os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio chegam a quase 6 milhões e meio de estudantes. A maioria dos inscritos estão nos estados do sul/sudeste; do nordeste apenas destaca-se a Bahia.
Os estados que tiveram maior número de candidatos foram São Paulo (1.068.517), Minas Gerais (723.644), Rio de Janeiro (474.046), Bahia (458.101) e Rio Grande do Sul (394.641).
O Ministro da Educação Aloizio Mercadante anuncia investimento alto no processo, fortalecendo ainda mais esse Exame. As perspectivas é a de ainda permanecerá por muito tempo como a forma oficial do estudante chegar a universidade pública em nosso país.
Aloizio Mercadante sinaliza que serão criados alguns “filtros” para fortalecer ainda mais o processo de avaliação, e entre esses filtros investirá na “Redação” – aumentando o número de profissionais responsáveis pela correção dessas redações.
Tem-se observado ao longo dos anos a migração de centenas de estudantes de outras regiões para as nossas universidades, especialmente a UFAL e para os cursos de Medicina, por exemplo.
Uma série histórica de aprovados, tem mostrado que a antiga Escola de Ciências Médicas de Alagoas, atual Uncisal, de há muito tempo vem formando médicos de outros estados brasileiros.
Relembrando a história das escolas de medicina de Alagoas, em se referindo ao processo de criação, está plenamente clarificado que suas criações resultara de lutas hercúleas de alagoanos dinâmicos e capazes, como o Dr. Ib Gato Falcão.
Alagoanos de fibra, coragem e patriotismo lutaram firmemente para que o sonho se transformasse em realidade. Graças a essa luta muitos alagoanos, naquela primeira década conseguiram graduar-se em medicina e contribuir para essa área em Alagoas. Muitos ficaram aqui e ajudaram nossa medicina crescer.
Os anos foram passando e infelizmente a realidade do Estado desvalorizando a luta e contribuição desses bravos alagoanos de outrora. Nossos governantes passaram a não priorizar a Educação em seus programas de governo.
Sempre estudei em escola pública e graduei-me em Medicina aqui em Alagoas, na então Escola de Ciências Médicas.
Não sou educador, mas imagino que a qualidade do ensino público em nosso estado vem se deteriorando visivelmente ao longo dos anos. Sem que nenhum governante desenvolva um olhar diferente para isso!
Tenho quase certeza de que, hoje um professor integrante da banca examinadora do Enem que for corrigir uma prova de Redação, sem nem olhar identificação e origem do estudante, pela forma de redigir, desenvolvimento do texto, ortografia; saberá este professor, de imediato que aquele estudante não vem de uma escola pública de Alagoas.
Isto é lamentável! Não estou afirmando que não possa aqui acolá sair um estudante de uma de nossas escolas públicas que saiba redigir. Isto acontecerá, mas será fato isolado; e se existe é por mérito próprio do estudante!
Acredito que nosso estado possua bons e dedicados professores, lotados em escolas públicas. Porém...”uma andorinha só não faz verão”!
Após as necessárias considerações, “retrato da nossa educação”, voltemos ao assunto ENEM.
Vejo com muita preocupação o futuro de nosso estado, quando suas universidades públicas fazem opção plena pelo ENEM. Ao menos na área médica, a qual conheço e milito, “VAMOS CONTINUAR FORMANDO MÉDICOS PARA OUTROS ESTADOS BRASILEIROS”.
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