Nos velhos tempos, depositados no passado de nossa infância, vivida, na praça do Monumento (atual praça Dr. Adelson Isaac de Miranda), a gente soltava o verbo. Palavrões corriam soltos na boca dos maloqueiros. Pra dominar a língua a palmatória “comia no centro”, fosse das educadoras, ou de pais e genitoras.
Recordo-me que um de nós, era “mestre” com relação aos cacoetes da nossa língua “mãe”. Era Juarez Carvalho. Foi dele que admirados ouvimos pela primeira vez, a pronúncia do nome completo de um dos maiores vultos históricos de nossa história: “o nome completo de Dom Pedro I, era Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon”. Confesso que recorri ao Yahoo.com.br/perguntas, pois não decorei.
Mas estripulias com as palavras, por parte de nosso amigo, não parava por aí, ele descobriu, por exemplo, uma das maiores palavras da nossa língua, encontrou na bula do envelope do comprimido “Cibalena”: acho que era assim: Dimetildilaminofenildimetilpirazolona. E desse analgésico surgiu uma interjeição criada pelos maloqueiros lá da praça:
“QUAL É O PÓ CIBALENA OU CIBAZOL?
E tinha as velhas cacofonias em que se perguntava, por exemplo:
“-Você conhece Seu Cuca? A qual se imediatamente, o próprio interlocutor respondia:
-“Seu Cuca é eu!
Pra isso Juarez teve uma saída de mestre, dizia:
“-Também Seu Cu(ca) é todo mundo!”
“A maior palavra da língua portuguesa, registada num dicionário, é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, com 46 letras, A palavra ganhou registro oficial pela primeira vez em 2001, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e aparece descrita como uma doença pulmonar causada pela inspiração de cinzas vulcânicas, é de referir que esta palavra foi inventada por Everett M. Smith, presidente da National Puzzlers' League, para ser a mais longa palavra de língua inglesa e que apesar de ter sido transposta para a nossa língua o nome cientifico da doença a que a mesma se refere é a silicose, o que implica que na nossa língua esta palavra seja considerada uma palavra fictícia. A palavra de 29 letras anticonstitucionalissimamente é considerada a maior palavra portuguesa não técnica, e descreve algo que é efectuado de maneira muito anticonstitucional, ou seja, que é oposto à constituição.” (Fonte: Wikipédia.com.br)
"Durante o programa católico Bem-vindo Romeiro, da TV Aparecida, o clima era de paz & harmonia quando o padre apresentador chamou a simpática “moça do merchan” para entrar no ar. Ela até que estava indo bem ao descrever todas as qualidades de um produto que parece fazer milagres. Mas acabou errando o texto e, indignada, soltou um palavrão (A moça teria dito “-Mas que Bosta!”) não muito adequado ao programa, ao horário, à família brasileira, enfim. A reação do padre é o melhor momento do vídeo.16.07.13"(Fonte revista veja.sp.com.br).
No passado de nossa cidade, passou pela paróquia de Senhora Santana um pároco chamado padre Bulhões. Certa ocasião fora minha saudosa avó Amância (mãe da minha mãe) confessar-se com o dito cujo. Ao perguntar àquela velha senhora:
“-Conte seus pecados!”
“-O senhor pergunte...”
Aí o padre perdeu a compostura. O palavrão comeu soltou,
começando por:
-Essas pestes!...
Fabio Campos 17. 07.2013 No fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto: “Davi: “O Rei do DVDs”
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