NASCIMENTO: Francisco Soares Campos, nasceu no dia 07 de novembro de 1945. Em Santana do Ipanema. Em uma casa de residência. No início da Rua Barão do Rio Branco (onde atualmente é o Bar de Zé de Pedro). Morou ali, até por volta dos cinco anos. SEUS PAIS: É filho, de Dineusa Bezerra Campos (hoje com 84 anos de idade) dona de casa e João Soares Campos, comerciante (in memorian). Naquele mesmo ano, em 02 de setembro acabava a 2ª Guerra Mundial e há dez dias antes de sua vinda ao mundo, nascia em Pernambuco, nosso atual presidente Lula. INFÂNCIA: Aos cinco anos, da rua do comércio, seus pais mudaram-se pra Rua Benedito Melo (antiga Rua Nova), onde passou parte de sua infância. Por essa época costumava escapulir, pra os primeiros banhos no rio Ipanema. Tão pequeno era, que os vendedores de água do Ipanema. Botava-o entre as ancoretas (pipas dágua), na cangalha do jumento e traziam-no, de volta pra casa. A PRIMEIRA COMUNHÃO: A fez, na Matriz de Nossa Senhora Santana, com o Cônego Fernando Medeiros. Eram seus padrinhos: (in memorian) Dona Deolinda e Seu Sebastião (este de cá tio da sua mãe). O GRUPO ESCOLAR: Por volta dos sete aos dez anos, estudou no Grupo Escolar Padre Francisco Correia, COLEGAS DE ESCOLA: Foram colegas de sala: Newton Ricardo dos Correios, Remi Bastos, Carlos Soares (primo), Criseuda Soares (prima) Jorge e Lucinha de Seu Leuzinger, Carlos sabão, Erisvaldo Aquino, Luiz Capiá de Seu Zeca e muitos outros. PROFESSORA: Dona Helena Braga entre outras.
JUVENTUDE : Viveu sua juventude em Santana do Ipanema. Início dos anos sessenta. No auge do iê-iê-iê e da Jovem Guarda, Embora ele, preferisse seguir a linha dos apreciadores da Bossa nova e da boemia. Eram colegas de farra, Gilvan de D. Mariquinha, Afrânio do Tênis, Carlos Soares (primo), Remi Bastos, os filhos de Seu Leôu, Zé Gomes, "Caçador" e outros.
O CASAMENTO: Casou-se em 1967. Com Marleny Aquino Santos, filha de Breno Aquino e Celina Francelino Santos. O casal teve quatro filhos: Flávio Henrique, Cristiane, Flávia e Cristiano. Todos já casaram, com exceção de Cristiano, o caçula. Os casados, já lhes deram seis netos. Ao vovô Chico. A esposa sempre foi uma grande incentivadora do trabalho do esposo, foi durante muito tempo cabeleireira e manicure. Trabalhou com D. Maria Aleixo e depois montou seu próprio salão de beleza.
A DESCOBERTA DA VOCAÇÃO DE LOCUTOR: Na época de sua juventude anos 60, o rádio estava muito em voga. Os grandes locutores da Rádio Nacional de Brasília e da Rádio Globo do Rio de Janeiro, tais como Blota Jr, Flávio Cavalcante, Mário Vianna e tantos outros. Eram reverenciados como celebridades. Espelhando-se nesses grandes nomes Francisco quis abraçar esta profissão, pois sentia que levava jeito pra esta arte. Descobriu a vocação, ao fazer divulgação da propaganda dos filmes do antigo Cine Glória (ficava onde hoje é a Loja Insinuante) em carro de som improvisado, fazia a propaganda de lojas do comércio de Santana do Ipanema. Pra exercitar a voz, fez a pedido de amigos gerentes de loja a função do locutor-animador, em porta de lojas, como Lojas Paulistas, Casas Lima, Center Fabril, Casas GG e outras. Antes havia no comércio um serviço de som de caixas amplificadas nos postes, onde ficava passando música o dia todo e o locutor informava a hora, no tempo dos velhos sobrados no meio da rua. Isso também serviu de incentivo pra Francisco. Depois Daí foi um pulo pra assumir, quase sem remuneração, a título de experiência, locução na primeira rádio de Santana. A antiga Rádio Candeeiro (nas imediações do comércio).
A LOCUÇÃO COMO PROFISSÃO E VOCAÇÃO: Uma vez conseguida sua carteira de radialista e locutor profissional anos mais tarde, passou a ser reconhecido profissionalmente pela categoria. O reconhecimento do público, desse profissional talentoso, veio muito antes, por sempre atuar com ética, profissionalismo e o dinamismo com que sempre exerceu o ofício de locução. Fez locução oficial de eventos de várias administrações municipais em Santana do Ipanema.
NA TERRA NATAL: Iniciando com Adeildo Nepomuceno Marques (o mais antigo: 1965) e encerrando com Marcos Davi ( o mais recente: 2000), prestou serviço também a Henaldo Bulhões Barros, Isnaldo Bulhões Barros, Paulo Ferreira e Nenoi Pinto. EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS: Trabalhou pra o Grupo Gileno Sampaio, pra o prefeito Helenildo Ribeiro, pra Gervásio Raimundo, pra todo comércio, pra diversos empresários e profissionais liberais. EM PERNAMBUCO: Trabalhou como locutor do Parque Lima, que excursionava por todo o estado e estados vizinhos, na década de 70. Trabalhou também, na Emissora Rural “A Voz do São Francisco” em Petrolina. Chegando a fixar residência naquela cidade. Até por volta de 1985.
FRANCISCO E O SERVIÇO PÚBLICO: Na administração do prefeito Adeildo Nepomuceno Francisco chegou a assumir, por uns tempos a função de Fiscal de Arrecadação de Taxas pelo uso de via pública, em dia de feira; Foi também lotado na Assembléia Legislativa Estadual, como Assessor de imprensa do então Deputado Nenoi Pinto;
CARGOS DE COMANDOS: Foi Diretor do clube futebolístico Ipanema Atlético Clube; foi Diretor Geral da Rádios Correio do Sertão, Santana FM; E Diretor de Comunicação da Rádio Sampaio; FRANCISCO O EMPRESÁRIO: Tornou-se profissional liberal, iniciando com carro de praça, fretado, início dos anos setenta. Anos depois compraria, com a ajuda do pai, uma Rural. Tempos mais tarde, já equilibrado, passou a uma Veraneio. Fazia propaganda pra o comércio, para os órgãos públicos, empresários, profissionais liberais e particulares.
OS IRMÃOS: Tem cinco irmãos. Sendo ele o primeiro de uma geração de seis: Fernando Soares Campos, atualmente mora no Rio de Janeiro; Maria Selma Oliveira Campos,atualmente chefe da Agência da Previdência Social (APS do INSS) Em Santana do Ipanema; Fabio Campos, é professor, poeta e folclorista, foi Secretário de Agricultura em Senador Rui Palmeira; Sérgio Soares de Campos, é Servidor Estadual, lotado na Secretaria da Fazenda; Maria Simone Bezerra Campos é a irmã caçula do locutor, é Professora Municipal em União dos Palmares -AL.
PIONEIRISMO: Francisco Soares, foi o primeiro a divulgar com Carro de Som em Santana do Ipanema; O primeiro a usar o modelo padrão de Nota de Falecimento-Convite, muito difundida atualmente; O primeiro a organizar Carreatas por conta própria quando o seu time Flamengo, ganhava. Fez estilo, pra marcar o encerramento de noite musical, da cabine de som do Parque de Diversões Lima. A forma de anunciar O Ângelus ( A Ave Maria) na rádio. Depois seria copiado pela maioria dos colegas locutores. Estilo próprio, voz inconfundível, nas apresentações dos eventos oficiais do município, e dos programas de auditório no cine alvorada.
CONTRIBUIÇÃO PARA SUA TERRA: Sempre teve orgulho de sua terra natal, e levou o nome de Santana do Ipanema, aos mais longínquos rincões, Como locutor radialista, locutor de festas e eventos, chefe de cerimônia, mediador e comentarista em debates esportivos ou políticos; Foi puxador de enredo das duas Escola de samba que existiram em Santana do Ipanema, Unidos do Monumento e Juventude no Ritmo. Foi responsável pela parte de divulgação e comunicação em diversas campanhas eleitorais de vários prefeitos em Santana do Ipanema: Adeildo Nepomuceno Marques, Henaldo Bulhões Barros, Isnaldo Bulhões Barros, Paulo Ferreira, Genival Tenório, Nenoi Pinto, Helenildo Ribeiro e Gervásio Raimundo (Palmeira dos Índios), José Afonso Vieira de Souza e Mário Cesar Vieira (Senador Rui Palmeira). Esteve no Programa televisivo da tevê GAZETA DE ALAGOAS Organizações Arnon de Mello (Maceió), “Cidade contra Cidade”, do apresentador Pell Marques com uma equipe representando Santana do Ipanema por duas vezes, em 1978.
PAIXÕES: Sua esposa Marleny, seus filhos: Flávio, Cristiane, Flávia e Cristiano e O time do Flamengo (do Rio). Em sua terra natal é torcedor do Ipanema;
HOMENAGENS: O cantor e compositor santanense Ciço Grilo compôs uma música carnavalesca homenageando Francisco Soares em 2001. Foi homenageado em desfile cívico em sete de setembro de 2003: Entre vários vultos históricos do município, um aluno da Escola Senhora Santana, desfilou representando o Locutor Francisco Soares. Recebeu uma Menção Honrosa quando da entrega do troféu Mandacaru aos de sua categoria, no Tênis Club Santanense 2000. Aguarda, por parte dos poderes público o reconhecimento, em vida, pela contribuição dada, na elevação e no progresso de sua terra. Precisou, por isso talvez, deixar sua terra, indo morar em Palmeira dos Índios, na esperança do reconhecimento, ainda que tardio.
RECONHECIMENTO DE SEU TRABALHO POR ARTISTAS, COLEGAS DE PROFISSÃO E AMIGOS: São inúmeras as pessoas que citam seu nome como exemplo e referência de bom profissional, citaremos estes nomes, a título de referencial, mas todos os amigos, colegas, ex-companheiros de trabalho, sintam-se contemplados: Zé de Almeida, Zenilde Batista, Dimas Fernandes, Arly Cardoso, Ferreira e Ferreirinha, Edgar Lima, Valdo Santana e seu irmão Genivaldo, Zé Arnaldo, Dênis Marques, Givaldo Soares SOM, Cheiroso, Aguinaldo do Hotel, Miguel Lopes, Paulinho dos Teclados, Cristiano (cantor e policial), Zé de Mariá, Roberto Becker, Petrúcio Melo, França Moura, Jarbas Lúcio, Rânio Costa, Dogival Rocha, Fernando Valões, Hermes SOM, Cícero Domingos, Jota Mendonça, Zé Gomes técnico eletrônico, Coronel Ludrú, Graça Gominho, Madame Marinita, Francisco Coelho, Jota Arlindo, José Malta Neto (maltanet), Flávio Henrique (Milenium), Alves correia (Rádio Novo Nordeste), Marcelino e muitos outros. E Os Saudosos (in memorian): Adeilson Dantas, Álvaro Tojal, Wiliam Viter (Pelé), Welligton Costa, Caçador, Rafael Paraibano, Maestro Miguel Bulhões e filhos, Pinheiro, Jorge Santos e muitos outros.
RECONHECIMENTO ESPECIAL: Remi Bastos, reconhece que foi com a contribuição de seu amigo, Chico Soares, sempre fazendo questão de divulgar suas músicas nos eventos municipais, que elas alcançaram o sucesso e a notoriedade, obtidas nos dias de hoje. Sendo inclusive Francisco o idealizador do Pot-Pourri, com as músicas do antor, compositor e poeta Remi Bastos: Santana dos Meus Amores, Pau D’arco e A noiva.
O FRANCISCO PRAGMÁTICO, CARISMÁTICO E POLÊMICO: Francisco pela educação que recebeu dos pais, sempre foi um cara do Sim,sim! ou Não,não! Pra ele não tem meio termo. Com ele não tem essa de agradar a “A” e “B” ao mesmo tempo. Quando era contratado pra trabalhar, mergulhava de cabeça na conquista do objetivo almejado. Todos o queriam para seus trabalhos por saberem disso. Por sempre defender suas convicções, pautadas na retidão de caráter. Muitas vezes não foi compreendido, ou considerado um cabeça-dura. Na verdade uma pessoa, cuja idoneidade moral, sempre esteve a cima de qualquer suspeita. Seguindo a linha dos seus pais, e familiares da geração anterior a ele. Como ele próprio diz “não troca a educação que tem, por faculdade nenhuma”. FATOS PITORESCOS: Se conversarmos com um amigo de Francisco, qualquer um, primeiro vai querer saber, como ele está de saúde, se está bem e etc. Depois, com certeza ouviremos, um caso acontecido ou presenciado com aquele pessoa, que nos remeterá a descontração e até ao riso. Um grande amigo, Petrúcio (hoje trabalha de motorista no hospital), contava-nos, que os dois encontravam-se na Estação Rodoviária conversando e chega uma terceira pessoa, um colega, que o aborda: -Fala Chico! Chico, me dá aí, um cigarro dos teus! –Dou não! –Ôxente, Chico! Tá me estranhando! –Não é que eu prometi a mim mesmo! Não dou nem peço cigarro a ninguém! Fumar é luxo! Fuma quem pode! A DOENÇA: Sofreu um aneurisma cerebral em 22 de setembro de 2002, que o impossibilitou para o exercício de sua profissão: Calou-se o microfone de Francisco Soares. Está aposentado do microfone. Mas não calou-se, a voz. Continua o mesmo Francisco, proseador. Francisco da boa conversa, Gosta de conversar com amigos, colegas ou novas amizades que sempre está a construir. Conversa sobre qualquer assunto, futebol, economia, política, violência, segurança, educação, saúde, catástrofes climáticas, etc. De tudo sabe um pouco. A informação e a cultura são seus únicos vícios. Acordar cedo é um hábito antigo, não demora muito em casa, vai pra rua. Segundo sua mãe, isso é desde pequeno. Vai ao encontro dos amigos. Fazer o que mais gosta: Conversar. Seja nos bares, nas praças e na rua, com novas pessoas, colegas e amigos. Sua casa está sempre de portas abertas, pra receber a todos que queiram visitá-lo pra um bom papo.
A CONVERSÃO À RELIGIÃO DE BATISMO: Francisco Soares, só fora a igreja, que não fosse por trabalho, por duas ocasiões: Na primeira comunhão e no dia do casamento. Nem pro batizados dos filhos gostava de ir. Hoje em dia, se assume católico praticante, várias vezes por mês, participa de encontros bíblicos em família. Gosta de ser lembrado, pela música de padre Zezinho: A Família.
FRANCISCO SOARES E SEU LEGADO HOJE: Podemos ver seu trabalho, em diversos formatos. Produções de quando esteve atuando como locutor: EM CD: Na última administração de Paulo Ferreira, foi produzido um Cd intitulado: Emancipação Política de Santana do Ipanema:126 anos, Francisco emprestou sua voz, para narrar o histórico da nossa cidade, naquele trabalho em 2000; EM DVD: Foi o locutor e narrador de uma Encenação da Paixão de Cristo. Na última administração de Mário Cesar Vieira, no município de Senador Rui Palmeira, em 2001; EM FILME SUPER 8: Diversas reportagens, ele foi protagonista: Nas festas do Feijão, Nos Carnavais, nas Maratonas Carnavalescas e Escolas de Samba, Nos Desfiles Cívicos, de 1965 a 2000, este acervo deve estar em poder dos administradores à época; EM FOTOS: É muito provável que milhares de santanenses tenham fotos nas quais ele aparece, nos eventos já mencionados. NA INTERNET: Recentemente os amigos, jovens, estudantes e crianças, de Senador Rui Palmeira, onde realizou alguns de seus últimos trabalhos, inclusive gincanas de rua, sugeriram a criação da COMUNIDADE no Orkut: “Eu Sou Amigo de Francisco Soares”. Assim como criamos também com a ajuda de seu sobrinho Joaddan Campos o Blog também intitulado “Eu Sou Amigo de Francisco Soares”. Naqueles espaços esperamos que os internautas possam postar, suas mensagens, opiniões, sugestões, recados, depoimentos e fotos com ele, compartilhar lembranças. Com o auxílio do filho Cristiano, do sobrinho Joaddan e do irmão autor dessa biografia, procuraremos fazer este intercâmbio entre seus amigos e o locutor Chico Soares.
FRANCISCO SOARES: Em 2015 viveremos o cinqüentenário de sua HISTÓRIA DE LOCUÇÃO. Em novembro deste ano de 2010, 65 ANOS DE EXISTÊNCIA. 65 Anos. Dedicados como muito amor a esposa aos filhos a família e aos amigos.
*Fabio Campos *É professor do Estado e do Município em S. do Ipanema-AL.
Comentários