Oficinas mecânicas, existem muitas. Não apenas em Santana do Ipanema, mas em qualquer lugar do mundo que tenha veículo automotor, funcionando ou quebrado. Em Santana do Ipanema, não poderia ser diferente. Algumas, por aqui, tornaram-se referência pela qualidade dos profissionais desse ramo.
Se formos elencar aqui, provavelmente corremos o risco de omitirmos algumas. Mas queremos dedicar essa crônica, àquelas que marcaram a nossa infância, pelo referencial de atenção quando procurávamos nesses locais, algumas peças descartadas que reciclávamos, como brinquedos, tais como, rolimãs, filtros, pneus velhos, etc.
Eis as que lembramos e seus respectivos donos: A oficina do saudoso, Biriu, pai do professor Cícero de Souza (O popular professor Juca); Saudoso, Mestre Abel,também fora mecânico. Saudoso, Zezinho do Vemag, que praticamente doou sua vida, exercendo o ofício de mecânico. A oficina de Seu Genésio, ainda hoje existe, há mais de quarenta anos no ramo. Ceceu, também deve ter mais ou menos esse tempo de estrada. Dema, irmão de Carlos Sabão, também não fica muito pra trás, no que se refere a tempo na profissão, de médico de carros.
Por trás da Caixa Econômica, tinha a Oficina de Boião, saudoso, Boião que era, especialista em feixe de molas de caminhão. Como também o saudoso, Zé V 8 que não é do meu tempo, mas que era, o grande homenageado da Festa da Juventude nas competições automobilísticas, o troféu dessa competição levava seu nome.
Saudosos, todos estamos, de Cícero de Ambrosina, este perdemos mais recentemente. Um grande profissional e amigo de todos, sempre brincalhão e sorridente. Temos ainda, Ariston, Zezinho, Bita, etc. E há uma galera mais recente, não tão nova, mas não se compara com aqueles já citados: Noronha, Itamar, Freado, oficina Ladeirão, Rabicó, etc.
Tem tantos outros, que citaremos a pessoa de Gira-Mundo, com seu macacão impregnado de graxa, para referendar os que não citamos, por lapso de memória.
E tinha também, os saudosos irmãos Carlinhos e Tonho Chupetão, cuja oficina, ficava em frente à AABB. Certa vez, os dois irmãos mecânicos, se organizaram, num domingo e levaram uma turma da oficina pra Maceió. Pra disputar uma partida de futebol. Em Riacho Doce, próximo a praia da Sereia. Após o jogo, foram todos tomar banho de mar.
Quando Tonho Chupetão, vê o mar pela primeira vez, não se contém de admiração.
-Êita! Carlinhos! Óia que açudão!
- É o açude do governo!
Antes de entrar na água, Tonho se benze. Ao levar a mão à boca. Percebe a água salgada.
-Êita! Carlinhos é salgado!
- O governo mandou botá sal pra num criar sapo.
Nisso, Tonho sai andando pela praia. Anda e anda. Carlinhos, se aproxima e pergunta:
- Ôh Tonho que peste tu tá procurando?
-Uma pedra pra dá um márguio!
Fábio Campos 26/02/2010 *É professor das redes Municipal e Estadual de Educação em Santana do Ipanema-AL Contato: fabiosoacam@yahoo.com
Comentários