Em agradecimento pelas palavras, a nosso respeito - que tanto nos serviu, e servem de incentivo. Via sites informativos - aqui na internet. Dedicamos, esta singela homenagem a Vossa Senhoria:
MARIA DO SOCORRO RICARDO ALMEIDA – A FILHA DO MAESTRO.
Informações reunidas aleatoriamente, extraídas do Livro de sua autoria:
“JOSÉ RICARDO SOBRINHO – UM MÁGICO DA MÚSICA” Setembro de 1997. Blumenau -SC.
A Escritora e pesquisadora, Maria do Socorro Ricardo Almeida, nasceu em 1940. Em Santana do Ipanema- AL. Casou-se em 1960 com José Cavalcanti de Almeida. O casal, teve cinco filhos: Marcello Ricardo Almeida (Advogado e professor); Morche Ricardo Almeida (Historiador e professor); Marcel Ricardo Almeida (Estudante e Escultor); Magaly Ricardo Almeida (Assistente Social e professora); Mércia Ricardo Almeida (Assistente Social e professora). Todos formados em Universidades de Blumenau, Santa Catarina. A Escritora é filha, de José Ricardo Sobrinho -O Maestro - e Lú Farias Ricardo. Maria do Socorro Ricardo, foi professora na administração do prefeito Hélio Cabral de Vasconcelos, em 1958. Foi também por essa época, Auxiliar de cartorária, no Cartório do tabelião Benício Barros. Sua mãe Lú Farias Ricardo, foi desde sua juventude, incentivadora das Atividades Culturais e das Festas Folclóricas, em Santana do Ipanema, na década de 50. Inclusive contribuindo com a criação de pastoris. Pela sua dedicação a essas causas, foi convidada pelo então prefeito Adeildo Nepomuceno Marques, para ser a Incentivadora Oficial e Organizadora dos Folguedos e manifestações folclóricas de nossa cidade. Seu pai, o maestro da primeira Banda Filarmônica de S. do Ipanema: Banda Filarmônica Santa Cecília. Dedicou sua brilhante carreira e meteórica passagem pela vida terrena, a arte da música. Morreu muito jovem, com apenas 28 anos de idade. Em 1947. Vítima de complicações causadas por envenenamento. José Ricardo Sobrinho, teve origem e viveu sua infância, na Fazenda Lage Grande, hoje pertencente ao município de Senador Rui Palmeira. Seu pai Aprígio Ricardo, filho da matriarca da família, Dona Estelita Ricardo. Tinha vários irmãos, entre estes, Antonio e Zeca Ricardo, este de cá, foi proprietário, juntamente com Genival Tenório, da Farmácia dos Pobres. Em Santana do Ipanema, AL.
PALAVRAS EXCLUSIVAS DO AUTOR DA CRÔNICA
Como conhecemos a Escritora Maria do Socorro Ricardo Almeida.
Estudei no Ginásio Santana. Em 1978, cursava a 8ª série (oitavão) e fui colega de classe, de Marcello Ricardo Almeida. Desde a época, um jovem, de tantas qualidades e talentos, inenarráveis, que terminou por nos contagiar, com sua vontade de fazer, de ver acontecer e seu dinamismo – hoje vemos, que é genético – à época, idealizamos uma peça teatral, intitulada: “A Mãe”. A peça foi apresentada no Dia das Mães daquele ano, no auditório daquela escola. Participamos como ator, assim com também outros colegas de classe como: Idelfonso Queiroz, Sérgio Campos, Walter Carteiro, Cilene de Reginaldo Falcão (saudamos in memorian), Lucinha (hoje professora), Nely de Zé Bezerra (da loja Imperial) e tantos outros, que nossa memória cinquentenária, que já dá sinais de falha, teima em não lembrar.
Em outra crônica, dissemos que Marcello Ricardo, tinha participado dessa peça, nos bastidores, como Diretor. Acabei por lembrar-me, neste instante, que ele também contracenou na peça. Fez o papel de Júlio - no caso o meu papel - mais velho. E um fato pitoresco ocorreu: Pra que ele ficasse “mais velho”, encheram seu cabelo de talco. Na cena, ele ia morrer. “Sua filha”, pra dar realidade ao ato, agarrar-se desesperadamente a ele chorando, e acaba espalhando talco pra tudo quanto é lado. Foi engraçado.
Sua mãe, Maria do Socorro Ricardo estava bem ali, na platéia. Com certeza orgulhosa do filho, artista, estreante na dramaturgia, início esse que seria o despontar, de uma carreira radiante do teatrólogo, escritor, poeta, professor e Causídico extraordinário. Durante aquele ano, fui à residência da Escritora várias vezes, a convite dos meus amigos, Morche e Marcello Ricardo. E tive a oportunidade ímpar, de conhecer esta senhora de educação esmerada. Sempre atenciosa, perguntava por nossa mãe, pelos meus irmãos. Oferecia sempre um doce, um suco, uma água, uma cadeira pra sentar. Sempre solícita. E eu, que sempre fora muito acanhado. Ficava tão sem graça, mas fui aprendendo a soltar a língua. A comportar-me adequadamente, ao conviver com essa família. Para mim, pessoas como vocês, só existia nas novelas, nos romances. Mas vocês eram reais. Aliás, vocês são reais.
Escritora Maria do Socorro Ricardo, muito aprendi com a senhora e sua família. Com seus filhos: Sem excesso na lisonja, é a Marcello Ricardo, a quem devo, ter-me descoberto, o jeito para a poesia e aos escritos literários. Sempre me incentivou. Marcel e sua paciência. Pedia-me opinião, a respeito de seus trabalhos, com ele aprendí, que todos nós temos algo a dar, e que sempre podemos contribuir. Morche que gostava de ler muito. Lia tudo. Aprendi com ele, a gostar de ler, sem ser seletivo. As meninas Magaly e Mércia, eram duas crianças na época. Creio que não se lembram de mim. Mas eu nunca as esqueci. Que meninas! Tão bonitas, tão educadas! Meu Deus! Nunca as ví, altear se quer a voz, mesmo enquanto brincavam, entre elas. Pareciam personagens, saídas de um romance de época.
Parabéns Escritora, pelo exemplo, pela educação que deu aos seus filhos. Hoje colhe os frutos. Seu Zezito, era como chamavam, seu saudoso esposo. Homem íntegro, trazia, no jeito e no semblante, a retidão de caráter. Ensinava também, com o exemplo, aos seus filhos ou a quem teve oportunidade de conhecê-lo, como eu tive.
Relendo, o livro de Vossa Senhoria - “JOSÉ RICARDO SOBRINHO-Um Mágico da Música”- descobri, que existe um parentesco muito próximo, entre minha esposa, e a família de seu pai: Dona Angelita – esposa do saudoso Antonio Ricardo, da Lage Grande - é tia da minha esposa. Como vê, esse mundo é pequeno. Quero encerrar minhas palavras, agradecendo, do fundo do coração, a Vossa Senhoria, pelas citações que fez a respeito de nossos escritos, na imprensa midiática, pela rede mundial de computadores (internet). “O Mundo dá muitas voltas/ A gente vai se encontrar/ Quero nas voltas da vida/ a sua mão apertar! /Paz! Paz de Cristo!”
*Fabio Campos 05/03/2010 *É professor das redes Municipal e Estadual de Ensino e Educação em Santana do Ipanema- AL. Contatos: fabiosoacam@yahoo.com
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