AÇÚCAR

Clerisvaldo B. Chagas

AÇÚCAR
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de março de 2012


Quando os descobridores da América chegaram por aqui, encontraram os indígenas fumando. Tendo escravizado, maltratado e eliminado os nativos aos milhares, portugueses, espanhóis e outros povos levaram para a Europa o vício do tabaco. Os indígenas iniciaram aí uma vingança silenciosa que perdura até hoje, quando aconteceu a expansão do fumo pelo mundo. É impossível alguém dizer com certeza quantas pessoas já morreram vítimas de cigarros, charutos, cachimbos e similares. Agora que a medicina fala contra o vício de fumar, são os fabricantes de cigarros que insistem em matar gente através do infame vício importado das Américas. Eles não pensam na saúde de ninguém. Suas cabeças estão voltadas apenas para o lucro exorbitante produzido pela porcaria que produz o câncer e a morte prematura. Para tentar anular a reação mundial contra o vício, o fabricante acuado, inventa fórmulas para driblar a sociedade, colocando armadilhas para os jovens e os incautos. O peste do fumo é tão ruim que é preciso meter açúcar. Pois bem, o fabricante agora inclui mentol e cravo para que o rolinho da morte se torne mais atraente. Uma isca para conduzir o jovem ao vício definitivo dos venenos.
Não sabemos por que os governos do mundo não acabam logo com essa praga! Se as fábricas de cigarros e cadeia produtiva produzem empregos, poderiam levar esses empregos para o fabrico de alguma coisa útil. Os governos dariam prazo para o fechamento de fábricas e à venda do comércio do fumo. Eles, produtores e fabricantes, teriam tempo suficiente para a mudança de atividade. Esse vício infame que mata mais de 200 mil pessoas por ano no país, deveria ser eliminado através da proibição da atividade matadora. “Fume meu bem, que tem açúcar”. Enquanto isso essa classe eliminadora da juventude, vai rolando e driblando a capacidade do ser humano em se defender. E os governos, reféns da influência pesada do poder econômico, fecham timidamente uma porta, uma janela, mas a força satânica fura as paredes, fabricando novas passagens para o ataque a adolescentes.
“Fumar não é um hábito, é doença. Estaremos negligenciando nossas crianças, se permitirmos os aditivos, estaremos facilitando a entrada delas no vício. Estamos falando de saúde e não de negócios”, completou o representante da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Márcio Gonçalves de Souza.
Os governantes com medidas paliativas contra o mal do cigarro, também são culpados por tudo que acontece em relação às doenças e mortes de fumantes. Cadê coragem para proibir de vez essa praga no Brasil? Não Mané, eles colocam açúcar, entende? AÇÚCAR.





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