Uma realização que trouxe um grande impacto social e cultural em nossa cidade.
O amor, segundo o judaísmo, é medido pelo que queremos fazer por outra pessoa, quão disponíveis somos, quanto de nós estamos dispostos a receber e se doar. O casamento significa abrir espaço dentro de si próprio para deixar o outro entrar. Em um casamento feliz, não pode haver uma situação onde um explora o amor e a generosidade do outro. Há que haver reciprocidade, e mais, é preciso amar o outro no mínimo tanto quanto a pessoa ama a si própria.
No dia 13 de Iyyar de 5778 (28 de Abril de 2018), em Santana do Ipanema, tivemos a honra de presenciar e participar de um belo matrimônio judaico dos cônjuges – Norma e Luiz – vindos de Belo Horizonte, Minas Gerais. A Ceremônia foi realizado no Hotel Privillege, de amplo espaço, local aconchegante, assistência essencial e com uma organização relevante. Norma e Luiz são membros de nossa Congregação e com um grande sentimento de amor e amizade, decidiram-se sair de Belo Horizonte para estarem conosco aqui em seu grande dia.
O ritual do casamento iniciou a partir das oito horas, onde o noivo entrou com um casal aludindo a seus pais, pois Luiz, já não tem seus pais em vida; logo, entrou a florista abrindo o caminho para noiva passar, a noiva por sua vez estava belíssima, com um lindo vestido branco que para os judeus significa a pureza do ato de casar, e com seu tihel (véu) que demonstra o quanto a noiva é reservada para o seu amado. A noiva também entrou com um casal aludindo a seus pais. Ambos os noivos tinham a idade próxima a sessenta anos. Duas taças de vinho foram postas para os noivos, e ambos beberam do mesmo copo simbolizando a união total e assim, houve a troca de alianças, o noivo alegremente pôs a aliança no dedo indicador da noiva e dizendo em hebraico, “harei at mekudesh li betabaat zo kedat Moshe v’Israel” – Tu és consagrada para mim com este anel, segundo a lei de Moisés e Israel. Em seguida foi lida a Ketubah (documento de casamento religioso).
Os celebrantes do casamento foram Rabino Bonney Cassady e Rabino J. Berlandi, líderes da Beth Chofesh para o Brasil e membros da UMJA, Estados Unidos da América. Os Rabinos e noivos embaixo da chupá (tenda) estavam muito alegres pelo o que estava sendo realizado. Durante a celebração o Rabino Cassady exortou sobre o quanto é importante ter planejamento e conhecer seu parceiro antes de atar-se em matrimônio, pois casamento não é brincadeira, é algo sério e que não exige apenas sentimento, mas, compreensão, respeito, devoção e sobre tudo a harmonia espiritual. Depois da ilustre palavra, o Rabino deu continuidade o ritual, ditando as sete bençãos que é orada. Até que chegou um dos momentos mais importantes da cerimônia, quando o noivo sela o casamento quebrando uma taça enrolada em um pano, mostrando que agora ele e ela são um. A felicidade tomou o local, os convidados levantaram os noivos e saíram cantando e dançado. O casamento judaico é conhecido como uma cerimônia de amor, paz, responsabilidade e muita alegria. E foi o que todos presenciaram naquele lugar.
O casamento é, acima de tudo, um compromisso entre duas pessoas. E é a paixão desse compromisso o que leva a uma vida feliz para sempre. O relacionamento entre marido e mulher simboliza o relacionamento do homem com o Eterno. Se o casamento se baseia em compromisso, amor e respeito, certamente levará ao verdadeiro júbilo e felicidade entre os esposos. E quando o casal é forte, a família é fortalecida. Quando as famílias são fortalecidas, também o é a sociedade e o mundo, em geral. Oramos e esperamos o dia em que o amor e a luz, o júbilo e a satisfação se tornem a realidade de todos os seres humanos.
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