Derrame cerebral avança entre jovens e adultos

Saúde

por Theodomiro Jr. - ASCOM - Santa Casa de Maceió

Mais comum em idosos, o AVC isquêmico pode matar ou deixar seqüelas pelo resto da vida

Um alerta do Ministério da Saúde vem causando preocupação entre médicos, especialistas e autoridades do governo. Segundo o Datasus, de 1998 a 2007 houve um crescimento nas internações por acidente vascular cerebral (AVC) entre jovens e adultos na faixa entre 15 e 34 anos. Entre os homens esse aumento foi de 64% e entre as mulheres, de 41%.

A realidade dos dados estatísticos do SUS também se repete nos consultórios particulares e em hospitais de todo o país. A neurologista da Santa Casa de Maceió, Eliane Medeiros, confirma o crescimento no número de internações de jovens e adultos vítimas do mais comum dos AVCs: o isquêmico.

Cerca de 85% dos casos de AVC no mundo são deste tipo. Nesses casos, as placas de gordura diluídas no sangue se acumulam nas artérias cerebrais ao longo dos anos, obstruindo e dificultando a oxigenação. "O AVC isquêmico sempre foi mais comum em idosos, mas a vida moderna vem ampliando o alcance da doença e atingindo pessoas mais jovens", alertou Medeiros.

O segundo tipo de AVC - o hemorrágico - é menos freqüente na população, porém, mais grave. Classificado pelos médicos em duas versões, o AVC hemorrágico é fatal para a maioria dos pacientes, mas quem sobrevive a ele tem menos chances de ficar com sequelas. O primeiro tipo de AVC hemorrágico atinge geralmente pessoas na faixa dos 40 aos 50 anos. A principal causa é a hipertensão não tratada. O segundo tipo ocorre na faixa etária mais jovem e sua causa é mais difícil de ser identificada e, portanto, de ser prevenida. Os sintomas ocorrem de forma abrupta, como em todos os AVCs, e somente após a ocorrência é que os médicos podem fazer o diagnóstico da causa do problema.

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