Atividade será realizada nesta quarta-feira, em Santana do Mundaú
Produtores de laranja lima de Santana do Mundaú serão capacitados para o uso de adubação verde, uma técnica milenar para aumentar a capacidade produtiva do solo. A atividade será realizada nesta quarta-feira (21), a partir das 9h, no sítio do produtor João Firmino, na comunidade Amoras, e deverá contar com 20 participantes.
A ação faz parte de um projeto coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) para fortalecer a produção de laranja lima no Vale do Mundaú. A cada semana, são realizadas atividades para produtores de Santana do Mundaú e União dos Palmares.
De acordo com a engenheira agrônoma Valdelane Tenório, que vai conduzir o Dia de Campo com os agricultores, a adubação verde é uma técnica para recuperar os solos degradados pelo cultivo, melhorar os solos naturalmente pobres e conservar aqueles que já são produtivos. ?Essa técnica consiste no cultivo de plantas, em rotação/sucessão/consorciação com outras culturas, que melhoram significativamente os atributos químicos, físicos e biológicos do solo?, explicou a agrônoma.
Segundo ela, na atividade desta quarta-feira serão usadas sementes de uma planta chamada Crotalaria spectabilis, uma leguminosa com capacidade de fixar nitrogênio direto da atmosfera.
Como funciona
O plantio da Crotalaria será feito nas linhas de plantio da laranja e permanecerá plantado por aproximadamente 90 dias (período em que está na floração e com maior acúmulo de nitrogênio). Ela será plantada em linhas duplas com espaçamento de 50 cm entre linhas. ?Podem ser plantadas em consórcio com diversas culturas, e com a cultura da laranja é uma prática inovadora que servirá para melhorar os solos degradados com o cultivo intenso e sem manejo?, completou Valdelane Tenório.
Na mesma atividade também será preparado o extrato vegetal à base de Nim, uma árvore que tem origem na Índia e pertence à família das meliáceas, a mesma do mogno e do cedro. Esse extrato vegetal pode ser aplicado para combater traças, lagartos, larvas, pulgões, gafanhotos, entre outras pragas. ?Essa planta é uma alternativa viável dentro da agricultura autosustentável, já que pode promover a redução de agrotóxicos nas lavouras, a preservação da saúde animal e humana?, finalizou a engenheira agrônoma da Seagri.
?O serviço de assistência técnica e extensão rural está sendo fortalecido e esses são alguns dos resultados práticos, que é a capacitação dos agricultores e o uso de tecnologias acessíveis, de baixo custo, para melhorar a produtividade de suas culturas. Com isso, o resultado final é mais renda para o pequeno produtor, pois a atividade dele se torna cada vez mais sustentável?, salientou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas.
Comentários