Militares não recebem o reajuste salarial como fora previsto

Polícia

por Deyse Nascimento - ASCOM- ASSOMAL

Depois de diversas reuniões com o vice-governador, José Thomaz Nonô e com o secretário de Estado da Gestão Pública, Alexandre Lajes e a gestora de Folha de Pagamento, Ricarda Calheiros, representantes das associações militares se reuniram mais uma vez nesta terça-feira (12), às 16h00 na Segesp para obter um posicionamento acerca da tabela de reajuste salarial para os militares.

Enquanto dezenas de militares aguardavam na porta da secretaria o resultado das negociações para o aumento dos seus salários, que estava previsto para 2.800,00, os representantes das associações militares conversavam com Alexandre Lages a respeito do aumento, da correção do quinquênio e da data base.

O resultado da reunião saiu por volta das 18h00 e os militares que estavam na porta da Segesp aguardavam apreensivos um bom resultado. Logo em seguida, o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, o major Fragoso e o diretor geral, o coronel Praxedes; o coronel R/R Campos da Associação dos Oficiais da Reserva; o cabo Soares da Associação dos Cabos e Soldados; o sargento R/R Guimarães da Associação dos Praças da Reserva; o sargento Theobaldo da Associação dos Sargentos e Subtenentes; o presidente da Associação dos Praças Militares, o cabo Simas e o cabo Rodrigo explanaram tudo que ocorreu durante a conversa entre eles, Alexandre Lages e Ricarda Ramalho.

O aumento como fora imaginado mediante planilha deixada com os representantes da Segesp na semana passada para análise não pode ser acatado e o aumento será de 5,91%, conforme anunciado pelo governador Teotonio Vilela na última sexta-feira (08). Mas os militares não estão de acordo com esse valor e, durante o discurso dos militares que os representam mostraram-se revoltados, pois alegam que esse percentual não irá cobrir as perdas salariais dos últimos anos.

A revolta dos policiais militares foi muito grande após a notícia de que o valor apresentado não poderá ser acatado pelo governo. No entanto, o major Fragoso alegou que este é o momento de buscar o aumento e que a correção do quinquênio deverá ser feita, além da data base. ?Não vamos esmorecer. Estamos lutando pelo direito de todos vocês. Iremos em busca da reposição salarial, como também vamos lutar pelos 7% de resíduo?, disse Fragoso.

O presidente da Assomal disse ainda que esse aumento de 5,91% é irrisório e não dá para comprar nem a cesta básica. ?Não está descartado qualquer tipo de mobilização para que o Governo do Estado perceba a importância da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. Sabemos da revolta de todos vocês, mas temos que colocar os pés no chão?, pontou.

?Quem vai decidir é a categoria. Temos que trabalhar para que possamos alcançar nosso objetivo e necessitamos do apoio de todos vocês?, afirmou Cabo Simas.

Os representantes das associações militares saíram com boas perspectivas e revelaram que nesta quarta-feira (13), ocorrerá uma reunião com a diretoria financeira da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar com a finalidade de estabelecer outra tabela e mostrar novamente ao Governo que o reajuste salarial não irá causar impacto nas finanças do Estado.

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