Acréscimo de recurso será poposto pelo ministro da Integração Nacional, que conheceu o andamento das obras do Canal e outras demandas de infraestrutura durante reunião com o governador
O Ministério da Integração Nacional vai propor um acréscimo de R$ 350 milhões para o Canal do Sertão. Este é o saldo da reunião de trabalho entre o governador Teotonio Vilela Filho e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que aconteceu nesta segunda-feira (21), no Palácio República dos Palmares. ?A hora é agora?, comemorou o governador.
O ministro veio a Alagoas para ouvir do Governo quais são as obras prioritárias para o Estado, no tocante das demandas de infraestrutura. Das três apresentadas: Canal do Sertão; contenção da Grota Bom Jesus, no Complexo Habitacional Benedito Bentes; e a readequação e conclusão do Sistema Meirim/Pratagy, o governador Teotonio Vilela apontou como prioridade máxima a conclusão das obras do Canal do Sertão.
?O Canal do Sertão é o símbolo da redenção do Estado. Não é somente água para o plantio, é dignidade para o sertanejo e garantia de vida para o povo das redondezas. É a principal obra hídrica de Alagoas?, destacou o governador.
Segundo o ministro Fernando Bezerra, o momento é de confirmar as prioridades do governo federal, o que vem sendo repassado aos gestores estaduais. ?Estamos conhecendo a visão do Estado e as prioridades para elencar recursos?, frisou.
O ministro e sua equipe conferiram a apresentação feita pelo engenheiro-chefe do Canal do Sertão, Ricardo Aragão, onde foram apresentados os detalhes e o andamento da obra. Foi assegurado ao governador e ao ministro que em outubro deste ano será inaugurado o primeiro perímetro irrigado do Canal, que abrange Pariconha, Delmiro Gouveia e região.
?São 3.200 hectares e 497 famílias beneficiadas pela obra?, ressaltou o engenheiro. Ricardo Aragão lembrou que o Estado tem assegurados R$ 330 milhões para a conclusão dos demais perímetros.
O ministro sugeriu ao governador que o modelo de irrigação utilizado pelo Canal do Sertão tenha um perfil moderno e que agregue parceiros. O modelo deve agregar empresas de agronegócios e viabilizar a geração de renda na região, pois este modelo de irrigação, segundo Bezerra, deve oferecer assistência técnica, tecnologia, crédito e sustentabilidade, tanto aos pequenos produtores como aos demais envolvidos.
Fernando Bezerra tranquilizou o governador e garantiu que a obra está nas duas edições do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1 e 2), e ainda assegurou que vai pleitear R$ 350 milhões para a obra junto ao governo federal.
?O interesse do ministro e da presidenta Dilma no combate à mortalidade infantil tem tudo a ver com a nossa causa. O Canal do Sertão reflete diretamente nisso. Temos tudo para fazer uma obra magnífica. A hora é agora para o Canal do Sertão?, completou Teotonio.
Dentro das possibilidades do governo federal, algo mais pode ser desenvolvido em Alagoas. Fernando Bezerra anunciou que a presidenta Dilma
Rousseff lança, entre os dias 12 e 13 de abril, um programa de reestruturação de política nacional de Defesa Civil. ?Estamos de olho em obras feitas em áreas de alto risco. Pretendemos previnir catástrofes como enchentes e deslizamentos. O governo federal vai aconselhar aos estados uma relocação de obras e, por sua vez, de recursos?, explicou Bezerra, que listou as obras da Reconstrução de Alagoas e Pernambuco.
?É necessário um mapeamento das áreas de alto risco, pois dentro de 30 dias este plano deve ser lançado e certamente será financiado pelo PAC 2. Tais recursos devem ser gerenciados pelo Ministério da Integração, não mais pelo Ministério das Cidades?, salientou o ministro.
Na reunião, ainda foi levantada a dinamização do processo de saneamento básico dos municípios da Bacia Hidrográfica do Baixo São Francisco. De acordo com o governador Teotonio Vilela, 70% das obras estão em andamento ou já concluídas. ?A exemplo de Batalha, que está com seu saneamento básico concluído, outros municípios serão beneficiados?, afirmou. Foi então que o ministro disse que para a região estão disponíveis R$ 100 milhões, via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf), exclusivamente para saneamento básico, oriundos do Programa de Revitalização do São Francisco.
Estiveram na reunião também os secretários de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, e o adjunto, Fernando Nunes; dos Recursos Hídricos, Ivã Vilela; deputado Federal Givaldo Carimbão; Augusto Wagner, secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração, e Ramon Rodrigues, também do Ministério e futuro secretário de Irrigação Nacional.
Comentários