Omar recebe agentes penitenciários e tentará mediar acordo com governo

Proposta mínima inclui abono de R$ 300 à bolsa complementação

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) se reuniu na manhã desta quinta-feira (27/01) com representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários e do comando de greve para tentar achar uma solução para a paralisação da categoria, que hoje completa 13 dias.

Na reunião, Omar Coêlho ouviu as principais reivindicações da categoria, que hoje tem subsídio de R$ 997,00 e cobra do governo uma recuperação salarial, com um aumento de R$ 1.100,00. Além disso, os agentes penitenciários concursados ? no total de 738 ? cobram do governo a realização imediata de concurso público, o fim dos serviços prestados no Sistema Penitenciário e maior investimento na estrutura do sistema.

Omar Coêlho se comprometeu a levar ao governo a proposta mínima que, segundo o Sindicato, acabaria de imediato com a greve. Pela proposta dos representantes da categoria, o governo estadual daria um abono de R$ 300,00 à bolsa complementação, hoje de R$ 100,00. O governo teria que se comprometer a incorporar os R$ 400,00 da bolsa complementação aos subsídios dos agentes, num prazo de 6 meses. Na quarta-feira, o governo havia feito a proposta de abono de R$ 200,00 e início em 90 dias das discussões sobre o plano de cargos e vencimentos, que foi aceita pela categoria, mas não finalizou a greve por não ter sido formalizada.

?A recuperação salarial é um ponto urgente por conta do baixíssimo valor dos subsídios da categoria, mas a OAB/AL também irá sustentar a bandeira da realização de concurso público para preencher quase 500 vagas de agentes penitenciários e o fim dos serviços prestados, que segundo fui informado na reunião, representariam mais de 800 pessoas?, afirmou. Para Omar Coêlho, é inadmissível a permanência de serviços prestados no sistema prisional por flagrante desrespeito à Constituição Federal.

A reunião foi finalizada por volta do meio dia, com o compromisso do presidente da OAB/AL de que tentará entrar em contato com o secretário de Defesa Social Dário César e com o governador em exercício José Thomaz Nonô antes das 14 horas, quando os agentes voltarão a negociar com o governo.