REMINISCÊNCIAS

Todos os cheiros, sinto-os na alma:
São os cheiros infantis
Da casa onde eu nasci
Em Santana do Ipanema
E onde tanto eu sonhava...

Era lá, onde eu dormia
Mas ainda acordava
A encontrar manhãs Ensolaradas...

O cheiro da mãe e o da cozinha
Eram essências misturadas
A um cheiro de cravo
Que nos sonhos penetrava

Dá-me a tua mão poesia, vem
E adentra comigo aquela casa!
Na minha companhia
Sente a odorosa morada
Onde fiz meus primeiros versos
Na tardezinha
Onde um sol crepusculava

Vem brincar comigo, anda
E dancemos juntos
A mesma antiga valsa