1 parônimo e 2 destinos
(viva à Poesia Libertária)
E no riacho Camoxinga,
agora cedo, repare isso
em Santana do Ipanema:
cheio riacho Camoxinga;
volume d'água correndo;
vai, corre-água-disparada
em Santana do Ipanema.
Em lugar de mata ciliar
há gente-casa-comércio;
o povo pasmo pergunta:
Como pode acontecer?
Desmatamento começa
antes que se possa ver.
Na feira vaso sem vazo
é apreçar sem apressar,
arrocha quando arroxa
só se serrar sem cerrar;
mexe a cauda e a calda
o conselho ao concelho
vai do estrato ao extrato
se for ao paço no passo;
a descrição há discrição
se discente for decente
e eminente for iminente;
se imergir não é emergir
e inflação não é infração
ou se recrea ou se recria.
Santana do Ipanema:
nossa cidade literária.
Poema cantando loas:
Viva à Poesia Libertária.
Se alguns falam sintássi,
se há quem fale sintaksi.
E que bicho é a sintaxe?
É um em dois, diciendi:
Se parataxe coordena,
hipotaxe subordina-se.
Sintaxe só dó, mi, fá, sol
em Santana do Ipanema.
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