Eu vim de lá de onde serra é tema de canção
Onde rimas são forjadas no fogo das paixões
Nos mistérios dos ventos cantantes nos becos e ladeiras
Gente que faz do viver seu cantar e abraçar, obrigação!
Eu vim de lá de onde o Ipanema é coração dividido ao meio
Um rio que chega e fica; outro que parte sem dó, nem compaixão
Corre afoito, serpenteando rimas limadas nos pedregulhos e ribanceiras
Arrebatando emoções e as dispersando na finitude das razões
Ainda lembro: Mergulho nas águas barrentas da ponte dos canos
Euforia de pesca de piaba com litro de vinho
E menino jogando bola na beira do rio
Ainda lembro: Tiziu pulou no ar e cantou
Roda pião, gira pião e girando...
Foi-se o tempo: tudo mudou e se encantou.
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