PENSAMENTOS E PALAVRAS

Crônicas

Por Lúcia Nobre

Meu incentivo inicial para o gosto pelo estudo, sobretudo para a leitura, deu-se no primário, período denominado de iniciação para o estudo da criança. O pré primário, chamado assim, não me ajudou em nada, pois havia professoras despreparadas para tal responsabilidade. Lá, no Grupo Escolar Padre Francisco Correia em Santana do Ipanema nas Alagoas, frequentava esta escola que acolheu as crianças da cidade e das regiões vizinhas. Escola bem lembrada por aqueles alunos que por ela passaram. O nosso livro “Vamos Estudar” ainda reflete entre os estudantes que lembram dos textos literários, nele maravilhosamente escritos, além das belas gravuras que falavam do texto. Belas lembranças, não, especificamente lembranças. Muito mais que isso. Está impregnado na mente daqueles que souberam valorizar e levar para a vida os ensinamento das primeiras leituras. Aí sim, chegava a hora de começarmos a apreciar e se integrar as boas leituras oferecidas por nosso livro escolar do nosso curso primário. Tantas reformas foram feitas na educação. Claro que reformas são bem aceitas quando bem intencionadas. Repito a palavra bem, porque o bem deve ser de primeira importância, quando se reforma a educação. Mas que bem? O bem de interesses diversos, que não sejam os principais, para o desenvolvimento escolar? Seria tão simples, para que complicar tanto? As crianças, os jovens precisam de condições para frequentar a escola. Nada poderá contribuir para eles, se os interesses não são sinceros e peculiares às suas necessidades. Voltando ao primeiro livro que nos foi oferecido no grupo escolar, guardamos como relíquias construídas em nossa memória infantil. Os ensinamentos nos faziam refletir sobre o bem e o mal, o bom e o ruim, o belo, o simples das leituras que nos diziam da vida, mesmo não tendo ainda, essa consciência. Portanto, o que se pretende da educação, o que se quer da criança, do jovem, o que se oferece a eles para que se transformem em pessoas de bem para eles mesmos e para o seu convívio?

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