"Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos?” (Provérbios 23.29).
Ser há algo que causa mais desgraça às vidas, ele se chama álcool, nome genérico para designar qualquer bebida alcoólica. A Bíblia lhe dá o nome de “bebida forte”, referindo-se ao vinho ou bebida fermentada capaz de embriagar.
Somos uma geração do álcool, de pessoas que vivem para beber e bebem para viver. Há uma verdadeira apologia à bebida, uma propaganda maciça, bonita, bem desenhada (com mulheres), induzindo as pessoas, inclusive crianças e adolescentes ao maldito vício da bebida.
John Fielding (1721–1780) se refere à bebida alcoólica, dizendo que é “um líquido incendiário, por intermédio do qual os homens bebem o inferno antecipadamente”. E se referiu aos comerciantes de bebidas como “os principais funcionários do rei do terror” e declarou que eles (fabricantes e comerciantes) “enviaram mais pessoas para a morte do que a espada e as pestes”. Ora, os fabricantes de bebida da sua época não tinham menos consciência do que os fornecedores de bebidas de hoje. E quem se importa com o fato de que os seus lucros (deles fabricantes) têm deixado um rastro de lares destruído e pessoas infelizes? Quem se importa se usam o sangue dos adolescentes, jovens e adultos como argamassa e os ossos das crianças para construírem as suas mansões e seus impérios? Ora, eles vivem muito longe da miséria que provocam para conseguir ouvir o praguejar e as maldições que saem das gargantas dos alcoólatras às portas da morte.
Ah! São milhares que o trânsito mata, sendo 42.000 por ano ou 65 pessoas por dia ou 723 acidentes por dia. O sangue de milhares de criancinhas, jovens e adultos é derramado em nossas ruas e nos asfaltos das cidades e estradas de nosso País. Filhos ficam órfãos, famílias são destruídas, mulheres ficam viúvas, porque a maldita bebida foi a causa de uma matança que não acaba nunca, porque a bebida está na mão de homens e mulheres irresponsáveis e a direção na outra.
Os fabricantes de bebida têm orgulho de seu produto. Ora, esses fomentadores de morte e desgraça escondem seus milhões de humanos miseráveis que lotam as prisões e as centenas de milhares de sepulturas preenchidas antes da hora, porque o vício maldito da bebida antecipou suas mortes. A bebida nada mais do que o “manjar do inferno”, como denominado pelos pregadores do passado e que é engarrafada e disfarçada com um montão de mentiras, belamente apresentada pela televisão e outros meios. É um demônio que tem matando gente todo o dia.
Salomão faz uma descrição perfeita, atual e chocante do efeito da bebida alcoólica sobre a mente da pessoa. Veja: “Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No fim, picará como a cobra, e como o basilisco (cobra) morderá. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades. E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro. E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” (Provérbios 23.29-35). Essa descrição é a realidade presente nas famílias, nas ruas e nas estradas de nosso País.
Não interessa às grandes Empresas que fabricam da nº 1 até a 51 o que vai acontecer àqueles que se tornam viciados e ébrios pelo uso moderado e imoderado da bebida ou às milhares de outras pessoas. A eles só interessa o lucro. Por que investir milhões em propaganda na televisão, especialmente? Por que financiar clubes, patrocinar jogadores, gastar abusivamente com a marca? Porque o retorno financeiro é certo, visto que milhões de homens e mulheres estarão consumindo saborosamente o “manjar do inferno” e deixando por outro lado não somente filhos sem pão, mas também se preparando para matar vítimas inocentes, crianças, pais de famílias, trabalhadores, que estarão voltando para suas famílias, e que serão assassinados no meio do caminho.
Há uma certeza ante esse pecado diariamente praticado por aqueles que sobrevivem do sangue que escorre nas ruas de nossas cidades: a punição de Deus será rigorosa. E àqueles que vivem saboreando dia a dia essa maldita bebida, fica a severa advertência de Deus para suas vidas: Ele não terá por inocente o que foi irresponsável com sua própria vida.
Pense nisso.
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