“(...)por isso o Senhor vos dará carne, e comereis; Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias. Mas um mês inteiro, até vos sair pelas narinas, até que vos enfastieis dela ”. (Números 21.18-20).
Há uma praga pior do que as dez (10) pragas do Egito. É a praga do fastio. Ela causa decepção, tédio, repugnância, aversão, enfadamento e outras complicações. É melhor sofrer qualquer das pragas do Egito do que sentir-se entediado. É preferível enfrentar moscas e rãs por toda parte do que aturar o desgosto provocado pelo excesso de alguma coisa antes fortemente desejada.
Não foi sobre o Egito que Deus enviou a praga do fastio. Foi sobre o então povo eleito, quando Israel estava acampado no deserto. Ali os israelitas tiveram saudades do Egito, dos peixes que “comiam de graça”, dos pepinos, dos melões, dos alhos e das cebolas. Vítimas da terrível doença da memória curta, e esquecidos de que nada era de graça no Egito, o povo de Israel queixou-se amargamente do pão que de graça descia do céu em quantidade suficiente dia após dia: “Não há mais nada para comer, e a única coisa que vemos é esse maná!” (Nm 11.6, NTLH).
Eles queriam outra comida e Deus lhes deu uma enxurrada de carne para comer. Foram codornizes que invadiram o lugar onde estavam acampados voando a menos de um metro de altura e foram apanhadas pelo povo numa extensão de trinta quilômetros durante dois dias e uma noite. Ai o povo comeu aquela carne um dia, dois dias, cinco dias, dez dias, vinte dias, um mês inteiro, até sair pelo nariz, até não agüentar mais, até não poder ouvir falar de carne, muito menos de codornizes. ELES FICARAM FASTIADOS DE TANTO COMER CARNE. Era a praga do fastio, o castigo do fastio, o tormento do fastio (Nm 11.1-35).
Na vida humana, encontramos os mais diversos exemplos de fastio, de pessoas cheias, que enjoaram, que ficaram fastidiosas, pessoas que não suportam mais aquilo que antes de gostava, que amavam, que buscaram desesperadamente. É o fastio da bebida, do prazer desenfreado, da pornografia, do sexo sem limites, da vida solta, dos bens, da cultura, do trabalho, da fama, da glória, da vaidade, do glamour, da atenção dos outros, da bajulação, das possessões, do trabalho, dos programas de televisão semanal e dominical que nada ensinam. É o caso do autor do livro de Eclesiastes, para quem, no auge do fastio ele diz que “tudo é vaidade”, é “correr atrás do vento” e uma eterna mesmice, é um FASTIO! (Eclesiastes 1.1-5, 20).
É provável que depois do último Carnaval muitos brasileiros tenham sido atingidos pela praga do fastio de sexo, de mulher nua, seminua e desavergonhada.
Dia a dia há milhares e milhares de pessoas fastidiosas, deprimidas, enjoadas, cansadas, saturadas, empanturradas, cheias de tédio, enfadadas, às quais nada mais lhes satisfaz, que experimentaram tudo e de tudo na vida, que provaram, se deliciaram, usufruíram e mergulharam de cabeça nas coisas do mundo e da vida e, ao final, ficaram FASTIOSAS. Não agüentam mais essas coisas.
Mas elas nunca provaram da Presença, da Pessoa e do Ser chamado JESUS. O ser humano somente se realiza, se satisfaz, encontra alegria e felicidade no coração, quando se encontra com Ele. Somente JESUS é capaz de tirar o fastio, o vazio, a angústia, o enjôo da alma. Somente Nele encontramos descanso e paz para a alma.
O FASTIO é uma praga, e JESUS quer acabar com ela. Somente Ele pode encher tua alma de bens espirituais: perdão, salvação, paz, alegria, felicidade, descanso, alívio e tantos outros bens do céu.
Pense nisso!
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