"Assim me deitas no pó da morte.” (Salmo 22.15).
Originariamente, fomos criados por Deus não para a morte, mas para a vida e essa seria eterna, noutra dimensão, em um aspecto que não conhecemos hoje, pois como Adão e Eva pecaram, experimentaram a morte e com isso ela (a morte) passou a todos nós.
Mas o que é morte? Em palavras simples é “separação do corpo físico com a alma” (Gênesis 35.18). E pó é qualquer substância reduzida a partículas extremamente pequenas. Poeira. É o pó depositado na mesa, no nosso corpo, na roupa, nas narinas. O pó dos nossos pés. É o pó da morte.
O pó da morte é a sobra de um corpo que passou peoa morte total. O saldo de um processo iniciado pela desintegração e que reduziu o corpo humano sucessivamente à putrefação, ao esqueleto e ao pó. É a volta às origens, pois “o Senhor Deus formou ao homem do pó da terra” (Gênesis 2.7). A destruição da “casa terrestre” (2 Coríntios 5.1) ou da “casa de barro” (Jó 4.19), em que habitava a amla do ser humano, até à separação definitiva, quando o pó volta à terra, como o era, e o espírito volta a Deus, que o deu (Eclesiastes 12.7).
É Deus quem reduz o homem ao pó (Salmo 90.3). É ele quem desmancha, quem diminui, quem moí, quem desfaz, quem apaga todas as lâmpadas e desliga todas as teclas, quem nos faz deitar no pó da morte.
E o corpo, outrora perfeito – capaz de captar e interpretar sons, capaz de ver e interpretar imagens (as cores), capaz de locomover-se em qualquer direção, capaz de comunicar-se, capaz de até multiplicar-se para transmitir a vida – torna-se frio, rijo e inerte. Todas as maravilhas desta máquina humana desenhada e construída por Deus desintegra-se para sempre. É posto de lado, fora de uso, jogado fora.
Talvez não possamos desvendar todos os mistérios da morte. Mas duas coisas fornecem elementos formidáveis na análise do problema: uma é que a morte está intimamente relacionada com o pecado, outra é que o próprio Deus tem um corpo novo, de natureza celestial, incorruptível, cheio de glória para todos aqueles que nesta vida vivem suas vidas com Jesus Cristo, que o receberam e o amam totalmente (Leia 1 Coríntios 15.35-58)¹.
Precisamos refletir mais sobre isso. Não se trata de pessimismo em relação à vida, mas de entender uma realidade clara a que todos nós seremos submetidos, cedo ou tarde. Ignorar ou não crer nessa realidade não altera o fato de que a morte vem para todos nós em algum momento da existência humana. Mas ela nos desperta para outra realidade tão certa como a própria morte: a de que vida continua na eternidade.
Pense nisso!
CONTINUA AMANHÃ SE DEUS PERMITIR...
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