Nos últimos anos, como cidadão, independentemente de meu sacerdócio, tenho acompanhado os processos políticos, tentando entender o comportamento do povo e o que esse mesmo povo deseja em termos de futuro, para ele, para o Brasil.
Um dos processos mais intensos, por que não dizer, atípicos está sendo o desse ano de 2018.
Sabemos que, de modo bem generalizado, as pessoas tendem mais ao candidato do que ao seu projeto político. A defesa de cada lado político não está tanto nos projetos voltados para o bem comum, mas quase que exclusivamente no candidato, fazendo deste uma espécie de semideus.
No pleito em curso, depois de uma acirrada campanha, no primeiro turno, além dos candidatos a governador no estado onde o mais votado não alcançou 50% + 1 dos votos válidos, sobraram, pelo mesmo motivo, os dois, também mais votados para o cargo de presidente da república.
Percebe-se de que os "holofotes" estão mais direcionados para o cargo maior que é o de presidir a nação.
Dois candidatos, dois extremos!
Um, da extrema esquerda, apresentado por um partido que, nós brasileiros já conhecemos muito bem, cuja antiga cúpula, ou está presa ou está sendo processada por altíssima corrupção.
Outro, da extrema direita, de gênio forte, que não temos ainda uma visão clara, já que está pleiteando o cargo pela primeira vez.
Dois distintos modos de pensar. Os dois com pontos positivos e negativos. Daí a necessidade de muita reflexão alicerçada pela fé para podermos fazer a escolha certa.
Percebo que um fator que está definindo esse processo, e essa é minha opinião pessoal, são as redes sociais, principalmente com as tão perigosas “Fake News” – notícias falsas.
Pessoas chegam ao cúmulo de se agredirem apenas por escolhas opostas, inclusive externando isso com clareza, lançando mão até de “revelações” que possam atingir a moral do outro...
Além do mais, a estratégia de cada candidato/partido tem sido compatível com o risco assumido. Essas estratégias, alicerçadas com o passado de cada candidato/partido/coligação tem, inclusive, gerado um fenômeno, o antipetismo.
Por exemplo. Se este perder a eleição, também, no meu ponto de vista, a derrota deveu-se não somente a desastrosa administração ao longo dos últimos anos, mas ao seu líder que, aliás, encontra-se preso em Curitiba.
Ele, na ganância de retornar ao poder, demorou tanto a liberar a candidatura para o seu vice, que acabou comprometendo todo processo a favor do seu partido/coligação. Quando viu que não seria possível, já foi tarde demais...
Quanto ao outro candidato, tem explorado as falhas de seu oponente. E, dentro de um processo eleitoral, não poderia ser diferente.
O fato é que eu ainda não decidi em quem votar. Certamente que rezarei muito e levarei em conta não somente questões pessoais, mas sobretudo sociais. Verei as questões ligadas a segurança, educação, família, liberdade religiosa, entre outras tão importantes...
Vamos rezar e definir... tanto porquê, a vida segue!!!
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