No de 12 de julho de 2016, estive na propriedade de meu amigo José Roberto, na comunidade de Serrote dos Franças, paróquia de São Cristóvão de Santana do Ipanema, e ele me convidou para ver o açude e sua criação de peixes que ficava a uns cem metros de sua residência. Enquanto estávamnos às suas margens, pescou alguns peixes apenas para me mostrar, e, imediatamente, os recolocou no açude. Como gosto muito de fotografias, registrei esse belíssimo momento.(ver foto em pejoseneto.blogspot.com)
No dia 16 de dezembro desse mesmo ano, sabendo das condições em que se encontrava o açude, pedi a um de seus filhos, o Romeu, que tirasse algumas fotos e mandasse para mim. E assim ele fez. (ver foto em pejoseneto.blogspot.com)
É muito triste ver como em tão pouco tempo, apenas cinco meses, ele, o açude, secou. Esse fenômeno da seca não é exclusividade desse local. Mas é uma amostra do que acontece em todo nordeste Brasileiro!
- Cadê a água?
- Cadê os peixes?
- Cadê o açude?
- Cadê a vegetação que ornamentava as margens do açude?
- Cadê os pássaros e os outros animais que procuravam saciar sua sede nas águas que embelezavam o açude?
- Cadê os humanos que dependiam do líquido precioso, dado e abençoado por Deus, tão necessário para a manutenção da vida?
- A água a terra absorveu. Foi evaporada pelo calor escaldante do sol que castiga o Nordeste nesse período de estiagem longa.
- Os peixes, resistiram enquanto pode. Perdendo seu habitat, a água, perdeu a luta pela vida....
- O açude? Esse foi reduzido a uma cratera, “clamando” para que alguém o limpasse da lama consequente de seu último suspiro! Assim, quando os céus “chorarem” tendo piedade do povo, da fauna e da flora, derramará suas “lágrimas” para que ele, o açude, de gota a gota caída do alto, retome sua imponência, beleza para trazer vida nova a quem dele necessita.
- A vegetação murchou, secou, mas algo ainda permanece na tórrida terra, esperando a humidade necessária pelas chuvas futuras para, do que “nada”, como num passe de mágica, brote novas vidas...
- Os pássaros, outros animais... seguiram rumos diversos na tentativa instintiva de dar continuidade a suas vidas...
- E os humanos? Esses, esperançosos da providência divina, não se entregaram nem se entregam as situações adversas do tempo, do clima, dos erros cometidos em função dos desmatamentos... acreditando em dias melhores, atendem aos “apelos” do açude e limpa-o...
O que foi açude, um dia tornará a sê-lo. A interação entre o homem e a natureza poderá trazer-lhe grande bem...
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