Antonio Machado
A história do Brasil registra acertadamente que, o caudaloso rio São Francisco, é tão antigo quanto o descobrimento do Brasil, quando do descobrimento desse país, certamente, em 1.500, logo depois, descobriu-se o rio que já era conhecido pelos índios com o nome de Opara, mormente para àqueles que moravam nos arrabaldes. Nascido no Estado de Minas Gerais, das alterosas, esse rio, por seu valor para o nordeste, seguiu seu curso para beneficiar essa região tão inóspita quanto seca, vencendo com sua impetuosidade, os carrascais, os grotões nordestinos, constituindo-se forte e altaneiro, num percurso de quase três mil quilômetros, desde sua nascente até a foz, despejando todo seu caudal nas águas salgadas do Atlântico, onde se formam as famosas dunas, o rio que ao longo desse percurso é chamado de rio da unidade nacional, em vista de ser genuinamente brasileiro, abrangendo os Estados Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, propiciando assim aos nordestinos valores indescritíveis, além da boa qualidade de suas águas doces e uma qualidade de vida digna ao povo nordestino, suas águas cortando as caatingas e modificando seu bioma, afugentou a seca e dessedentou a fauna, enriquecendo a flora, mormente a adjacente de suas margens sobretudo quando não se conhecia o assoreamento em sua calha. O rio São Francisco que tem esse nome em vista de ter sido descoberto no dia 04 de outubro de 1501, pelo navegador Vicente Pinzon, dedicado a São Francisco, esse rio tem sua história ligada a do Brasil, por estar inerente a esse país de dimensões continentais. Os benefícios trazidos pelo rio não só aos ribeirinhos, mas a todo nordestino é de uma dimensão incalculável, do rio tudo se tira, constituindo-se meio de vida e sobrevivência para os nordestinos, além de meio de comunicação e transporte, recebendo água de aproximadamente 150 rios que corroboram com suas águas aumentando sua pluviometricidade, sabe-se, entretanto, que, o nordeste não sobreviverá com sua pujança sem as águas do rio São Francisco, haja vista a força motriz das usinas geradoras de energia elétrica, que impulsionam o progresso da região.
Mas, caro leitor, toda essa história faz parte de um passado, talvez não muito distante, porque de onde se tira e não se bota a tendência é se acabar, e, é o que está ocorrendo com a água desse bendito rio, que está morrendo a olhos vistos das autoridades, levando os nordestinos, os sertanejos, a se assustarem em vista da situação degradante do outrora caudaloso, rio São Francisco, pois seu filete de água atesta o que ora se escreve. O rio está a carecer urgentemente, é de uma revitalização, caso o contrário, ele perecerá, e quem vai pagar caro são os nordestinos, os sertanejos, que dependem de suas águas para sobreviverem. O canal do sertão avança e o rio seca, caso não haja revitalização iminente, o canal do sertão que poderá se constituir na redenção dos sertanejos, passará para a história como mais um elefante branco erguido pelo governo. Portanto, autoridades competentes, iniciemos de imediato, sem deixar para amanhã, mas agora, a revitalização do rio São Francisco que clama por essa ação viva e benemérita do Governo Federal.
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