A Caridade não é um sentimento de tolos

Paiva Netto

Por ocasião do Dia Internacional do Voluntário, celebrado em 5/12, dedico-lhes trecho que inseri na nova edição de Cidadania do Espírito (2001), quanto ao significado do termo Caridade. São conceitos que tenho desenvolvido desde a década de 1960, convidando o(a) leitor(a) a refletir sobre essa ferramenta imprescindível, em minha opinião, para ajustar os mecanismos de uma sociedade ainda hoje regida pelo individualismo, seja no âmbito particular ou coletivo. Aliás, esse individualismo tem contribuído para levar muita gente à indiferença, à secura de Alma, isto é, à ausência da Solidariedade, da Fraternidade, da Generosidade nos relacionamentos humanos e sociais. Aqui, algumas reflexões sobre o tema. Espero que apreciem:
A Caridade não é um sentimento de tolos. É a misericordiosa estratégia de Deus que, aliada à Justiça Divina (que não é a violência que homens inescrupulosos têm como tal), estabelece nos corações a condição perfeita para que se governe, administre, empresarie, trabalhe, pregue, exerça a Ciência, elabore a Filosofia e se viva, com espírito de Generosidade, a Religião.
Quando há Amor Fraterno, incontrastável empenho e consagrada competência, que se desenvolve com labor e zelo — desde a fixação de um simples prego na madeira (creia no seu valor próprio!) —, não existem limites para o alicerce de um mundo melhor.
Realizar o Bem voluntariamente é uma das mais belas páginas de Amor que o ser humano pode escrever. (...) A Caridade, aliada à Justiça, dentro da Verdade, é o combustível das transformações profundas. Sua ação é sutil, mas eficaz. A Caridade é Deus, quando inequivocadamente entendido como Amor, e não como vingança.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

Comentários