O que queremos? Sabemos o que queremos? O que procuramos? Por que ainda não encontramos? Será que estamos procurando a coisa certa? E como saber qual é a coisa certa? A busca acaba? E se ela acabar vamos fazer o que depois? Dúvidas ou certezas? O que temos agora?
Você poderia pensar que isso é característica de uma crise, mas não, pois quem está em crise não consegue chegar a esse nível de questionamentos, apenas os que perguntam é que encontram respostas. Não existe resposta se antes não houver uma pergunta, não existe a certeza se antes não houve a dúvida, não se encontra o que não se procura, então, não chamaria isso de crise, mas sim de início da solução.
Quando observamos a sociedade, seja ela global ou local, começamos a nos perguntar o que querem as pessoas e pelo que vivem. Se sonham, com o que sonham, ou o sonho é perda de tempo?
Quando observamos o comportamento das pessoas seja violento, agressivo, de gesto nobre, de gentileza, de bravura, de amor, julgamos menos as pessoas e procuramos entender mais. Será que somos o que somos ou fomos transformados no que somos?
Ao vermos uma criança começamos a entender o tamanho da imensidão do amor divino pela humanidade. Tão terna, meiga, delicada, ingênua, com uma doce ingenuidade que só a infância pode conceber a um ser.
Mas depois vemos que aquela doce criança, apresenta mais tarde um comportamento abominável ao convívio humano. O que houve? Ela já era assim e nos enganava com sua doçura infantil ou ela foi transformada nesse ser humano que vemos hoje? Então, somos o que somos ou o que fizeram de nós?
Se somos todos humanos, somos iguais, isso não nos dá o direito de julgar o outro pelo que faz e pelo que se tornou, sem buscar as causas que o fizeram ser assim. Se a família falha, porque ela falhou? Apenas por sua culpa ou lhe faltou assistência, acolhida, oportunidades? Se a escola falha porque falhou? Apenas por sua culpa, não lhe faltou parceria, apoio. Se a justiça falha, porque falhou? O que lhe faltou?
Estamos construindo a cultura do “atirar pedras”, já que é mais ‘fácil’. O que estamos fazendo? Estamos contribuindo para quê? Melhorar ou piorar? Queremos o que? E fazemos o que para esse querer acontecer?
É caro leitor, não é crise é o início da solução.
Até breve!
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