Os bastidores de eventos na sua maioria são engraçados. Nas mais formais das festas, sempre existe algo com um toque de humor. Em um auditório cheio, com muitos discursos, todos deveriam estar atentos. Mas não é bem assim! Há sempre os comentários ao pé de ouvido - às vezes, até alto, incomodando os que estão querendo assistir, mas não é o caso agora.
No último sábado, 04 de maio de 2019, tive o privilégio de ser mestre de cerimônia da solenidade de lançamento do livro SANTANA – SUA GENTE SEU HUMOR, de autoria do nosso querido Bartolomeu Barros e, diga-se de passagem, que Bartó é o único escritor nos últimos tempos a lotar o plenário nos lançamentos dos seus livros.
Passado a festa, estive hoje na Casa O Ferrageiro quando fui interrogado pela Elaine que, além de colaboradora da loja, foi uma das homenageadas com uma crônica do livro. Ela fez a seguinte pergunta: “Malta, pode-se rir numa solenidade como aquela?” Eu disse que não via nenhum inconveniente desde que a risada não fosse alta a ponto de atrapalhar. Ela, imediatamente, me disse: “Olha, eu quase não aguento de tanto rir com o Amilton, esposo da professora Jeãne Maranhão”. Aí eu fiquei curioso.
Amilton é um homem de extremo alto-astral, inclusive já foi homenageado pelo Bartolomeu Barros no seu primeiro livro VIDA BOA – SWA Instituto Editora 2014, com um causo passado na cidade de Ouro Branco. Quem conhece Amilton não se incomoda com as brincadeiras, mas quem não sabe, pode tomar um susto. Certa feita ele algemou seu Bartolomeu em plena loja, e andou com ele simulando uma possível prisão por desacato à autoridade. Claro que foi uma das suas brincadeiras. Esse ocorrido talvez eu conte em uma outra crônica.
Mas vamos ao que interessa. Perguntei a Elaine: “e o que foi?” Ela disse que quando do discurso do desembargador José Carlos Malta Marques, no momento que ele falou que um homem para ser completo tem que plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, o Amiltom disse ao pé de ouvido: “Eu não valho nada, pois nunca plantei uma árvore, não fiz um filho e não escrevi um livro”. Aí já posso imaginar as risadas aos arredores dele.
Antes de escrever essa crônica, liguei para ele para pedir autorização de colocar o nome e como sempre ele me atendeu muito bem: “O QUE É QUE QUER”. Eu disse: “Calma, irmão”. Contei o fato, ele caiu na gargalhada, pois lembrou-se muito bem e disse: “Pode dizer com todas as letras, pois, se for verdade isso EU NÃO VALHO NADA mesmo”.
Santana do Ipanema – 06 de maio de 2019
Comentários