Havia, num passado não muito distante, um ditado que dizia: “No Brasil tudo quanto é maracutaia termina em samba, carnaval, futebol.” Não necessariamente nessa ordem e intensidade, claro. De uns anos para cá foram se acrescentando que também terminaria: “em pizza”, em “macarronada”, em “Lava-jato”.
Não se engane o caro leitor e leitora, que estaria o cronista interessado, a discorrer nesta crônica, a respeito dos problemas de infraestrutura, muito menos os eteceteras que envolvem o renomado evento esportivo, que em breve irá ocorrer na cidade maravilhosa. Falaremos sim dos despautérios que envolvem a língua, dentro claro, da olimpíada.
Pelo menos dois termos incluso ao primeiro parágrafo precisamos trazer a baila: “Maracutaia’ e “Etecetera”
“Uma das interpretações da palavra maracutaia publicadas na secção “Cartas” do Jornal do Commercio de 30 de maio passado [matéria de 04 de janeiro de 2009. Originalmente trazido de texto de junho de 1990], afirma tratar-se de “legítimo termo tupi-guarani”, composto de “mará” = guerra, desordem; “cu” = língua falante e “taia”= tardia, maldosa, azeda. Não é de meu interesse visar a criação de uma polêmica(...) desejo unicamente expor minha opinião(...) nem me arvoro em dono da verdade, contudo a minha interpretação, embora igualmente baseada em uma hipótese, aliás complexa, parece-me a mais verossímil, enquanto alguém não propuser outra melhor, acompanhada naturalmente de argumentação hábil e eficaz, e acatá-la-ei de bom grado. Fonte: By Geraldo Lapenda/wikisource.org”
“Etc. é uma abreviação da expressão latina ‘et cetera’ (ou et coetera), que significa “e o resto”; “e outras coisas” (da mesma espécie); “e assim por diante”. No Latim, “et” corresponde a conjunção “e” e “cetera” corresponde a “o resto”. a abreviatura “etc.” é usada quando há enumeração de série de itens. Fonte: google.com.br”
Mas, e de onde veio a expressão “Acabar em pizza”?
“De acordo com o site Veja, a expressão surgiu com o radialista esportivo paulistano Milton Peruzzi, que entre os anos 1950 e 60(...). Nesse tempo “acabar em pizza” ainda não estava associado a um problema ou denúncia que não deu em nada, ao contrário, a expressão fazia referência ao talento brasileiro para os desfechos festivos e amizades peculiar do jeitinho brasileiro. O radialista sempre utilizava a expressão quando queria informar a seus ouvintes que depois de algum conflito nos bastidores do clube tudo acabara bem. Fonte: opovo.com.br”
Fomos a busca de mais outros termos olímpicos: “Pódio” “Atleta” e “Tocha” E olha que interessante:
“pódio – do Grego “podion” significa pé pequeno; pezinho. Em Roma chamava-se de ‘podium’ (do Latim) a larga mureta que circundava a arena de um anfiteatro, formando uma plataforma sobre o qual se colocava filas de assentos para os nobres e privilegiados. Atualmente chamamos de ‘pódio’ tanto o pequeno estrado em que atua o maestro de uma orquestra, quanto a conhecida plataforma de três degraus em que se apresentam os vencedores de uma competição. Fonte: sualingua.com.br”
Atleta - Em Latim ‘athleta’, em Grego athletes, significa “competidor nos jogos; vem de ‘athlein’ “competidor de um prêmio; relacionado a ‘athlos= disputa e ‘atthlon’ “prêmio”. Fonte: origemdapalvra.com.br”
Tocha – do Latim ‘torquere’ “enrolar, torcer”, uma vez que as tochas antigas eram muitas vezes com uma corda enrolada e embebida em cera ou breu. Fonte: idem,ibdem”
Independente do quadro de medalhas, ao final do certame. Alguns vencedores já podemos apontar desde já, muito antes de se iniciarem as competições: o povo brasileiro, os voluntários vindo de todos os países; os policiais que farão parte da segurança: merecem todos medalhas de ouro.
E pra encerrar. Encontramos um blog muito louco [piadasparagargalhar.blogspot.com.br] que resolveu fazer umas premonições de flagrantes que irão acontecer durante a Abertura das Olimpíadas Rio/2016: vou colocar apenas algumas aqui:
- A tocha olímpica será roubada quando passar na Baixada Fluminense; O C.O.B. vai encomendar outra com a máxima urgência;
- Zeca Pagadinho, Dudu Nobre e a bateria da Mangueira farão um show na praia de Copacabana, para comemorar a chegada do fogo olímpico ao Rio. Por motivo de segurança Zeca Pagodinho será impedido de ficar a menos de 500 metros da tocha;
- Os pombos soltos durante a cerimônia serão alvejados por tiros disparados de uma favela próxima e vendidos assados na saída do Maracanã por “Dois real”;
- Faustão entrevistará os atletas brasileiros que não ganharam medalhas. Não deixará nenhum pronunciar uma palavra sequer. Mas dirá “esses” caras são exemplos no profissional tanto quanto no pessoal, e outras besteiras.
Fabio Campos, 21 de julho de 2016 No nosso blog o Conto: “JULHO OUTRA VEZ...”
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