PIMENTA NO FUKUSHIMA DOS OUTROS É REFRESCO!

Fábio Campos

Nomes e expressões estrangeiras sempre deram panos pras mangas quando dão entrada em solo da nossa terra Brasilis. O estrangeirismo, no campo literário, já encheu páginas e mais páginas, em crônicas, ensaios, tratados, e etc. Isso só aumenta o interesse a respeito desse tema tão polêmico. O que obrigaria o governo a uma revisão ortográfica urgente e providencial no “nosso” idioma. Tudo em nome de um aprimoramento e avanço da globalização na comunicação. Isso só enche de riqueza, nossa cultura e nosso folclore.

Tivemos recentemente o privilégio de recebermos em terras tupininkins, o presidente dos Estados Unidos da América Barack Obama, que nenhuma gafe, pelo menos que tenha vindo a público, foi registrada. Nem de sua parte, nem da querida anfitriã, presidenta Dilma Rousseff. Diferente do presidente ex-cowboy de hollywood, Ronald Reagan que quando esteve no Brasil em 82 diria ao então presidente João Batista Figueredo do quanto estava feliz por estar em terras bolivianas!

Ano passado pela ocasião da copa do mundo de futebol, dois termos correu o planeta. Duas palavras nativas, do povo Sul africano acabariam sendo as mais pronunciadas no meio midiático, por toda a imprensa mundial: jabulani e vurvuzela. Referiam-se respectivamente a, bola de futebol e cornetas.

Quando da dissolução da extinta União Soviética, meados dos anos oitenta (85), um termo da língua russa correu o mundo: Perestróika. Aqui viraria motivo de piadas e seria incorporada a vastíssima lista dos nomes da genitália feminina.
Já o saudoso humorista Mussum do quarteto “Os Trapalhões” ao aludir sobre a região glútea; ou nádegas, com todos os acessórios e orifício que possui essa região do corpo. Usava a palavra inglesa “forever”, que adaptava ao seu sotaque de malandro carioca: “forevis”.

Com os recentes abalos sísmicos no Japão, dois nomes estrangeiros estão em voga: Chernobil e Fukushima. O primeiro ressurgiu das cinzas, do catastrófico acidente nuclear na usina que leva o nome da cidade ucraniana, na década de oitenta (86). O outro também é nome da cidade que também tem usina nuclear acidentada recentemente por conta do tsunami (outro nome que incorporamos) na ilha japonesa.

O mundo quedou perplexo com o acidente e suas conseqüências. Agora piorou! Elevou-se pra o grau sete (o máximo na escala do perigo)! Assim não há mundo que aguente! Pessoal! Do jeito que a coisa vai, somos obrigado a dizer aos nossos amigos nipônicos:

Pimenta nos Fukushima dos outros é refresco!

Fabio Campos 13/04/2011

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