A crônica de hoje vem com um propósito ousado. Confrontar alguns termos da língua portuguesa com intenção de observar, se entre eles deva existir uma origem comum. Comecemos pelo título. Bugalhos, que até então eu concebia como quinquilharia, bugigangas. Não se trata disso.
“Bugalho também conhecida como “Noz-de-gralha”. É uma saliência arredondada que se forma em algumas espécies de árvores do gênero ‘Quercus’ (Carvalhos, sobreiros e azinheiras, por exemplo). É formado a partir do depósito de ovos de vespa nos ramos dessas árvores. Já “esbugalhar” significa retirar os bugalhos, e por analogia ganhou o significado de abrir bastante os olhos. Fonte: dicionariopopular.com.br”
Como vimos, confundir alho com bugalho ultrapassa o campo da Linguística. Avança para a área da anatomia. Um par de palavras (sempre aos pares!) Onomatopeia e Centopeia. Instigou-me a região cerebral chamada de córtex temporal medial esquerdo, responsável pelo neologismo. E num insight, num “estalo”! Pus-me a perguntar: Existiria no universo das palavras uma espécie de ligação helicoidal? Ao exemplo do DNA?
“Onomatopeia é uma figura de linguagem da língua portuguesa que tenta reproduzir, fazer uma imitação gráfica aproximada (não exata) de um som. Embora possuam os mesmos significados varia de acordo com o idioma. Por exemplo, um mergulho em português é “Tchibum”, em inglês “Splash”. Fonte: significadosbr.com.br
Etimologia do termo: Do grego ‘Onomatopoiya’ composto de “ónoma” = nome; “ypoiein” = fazer, criar (século XVII); refere-se a palavras criadas através da imitação de sons. Fonte: Google.com.br e outros sites relacionados”
“Também na música existem figuras ou trechos chamados de onomatopeias que imitam o som de fenômenos fora da música. Exemplo, o músico Johann Sebastian Bach [1685-1750] utiliza tal recurso em o canto do galo; o rasgar da cortina do templo, e o terremoto na hora da morte de Jesus na música: Paixão Segundo Mateus. Fonte: wikypedia.org.br”
“Centopeia substantivo feminino: animal artrópode, da classe dos miriópodes, de corpo longo, fino e achatado. Do Latim ‘Centumpeda’ “que tem cem pés”. Fonte: infopedia.pt”
Portanto, apesar da familiaridade, resquício nenhum de que haja entre estas duas palavras qualquer grau de parentesco. Embora a grafia (escrita), a pronúncia (fonética) aponte exatamente o contrário.
Longe de dar-me por vencido veio-me outro questionamento bem mais plausível, mais palpável: Qual seria o critério para dar nomes aos medicamentos?
Alguns deles carregaremos na memória pro resto de nossas vidas. Acho até, que com a ajuda de um farmacêutico daria pra gente fazer uma autobiografia somente usando nomes de medicamentos: Mebendazol (anti-helmíntico, para vermes); Berotec (crise aguda de asma); Eritromicina (infecções do trato respiratório); Cataflam (Anti-inflamatório); Cetoconazol (infecções da pele); Dipirona sódica (Analgésico e antitérmico); Benzetacil - (cujo componente ativo é a penicilina, combate a infecções bacterianas do tipo cocos: gonorréia, sífilis); Captropil (insuficiência cardíaca); Diazepam - Gardenal - Prozac(Relacionados a desordens psiquiátricas). Mesmo depois de morto você não está livre deles, tem ainda o Formol. Para os adeptos de bebidas alcoólicas. Fiquem sabendo: o Formol é um tipo de álcool! Fonte: De acordo com informações colhidas no site: Google.com.br
Abro um a parte, pra dizer que no último 5 de maio, dia que se comemora o “Dia da Língua Portuguesa”. Meu amigo e confrade ( da *ASLCA) João do Mato, pelo watsap enviou-me mensagem de autor anônimo, que faço questão de reproduzir fragmentos:
“Volta e meia alguém olha-me atravessado quando escrevo: “leiaute”, “becape” ou “apigreide” possivelmente uma pessoa que não se avexa em escrever: futebol, nocaute, sanduíche...falamos árabe quando falamos azul, quando folheamos um almanaque, quando procuramos um alfaiate, subimos uma alvenaria, quando colocamos um alfinete na almofada ou anotamos um algarismo...Falamos francês quando vamos ao balé, quando pedimos um omelete ao garçon, quando acendemos o abajur, quando um sutiã provoca um frisson...Falamos tupi quando pedimos um Açai. Porque fazer um “Delivery” se dá pra fazer uma entrega, porque sair pra Night de Bike que se dava pra sair pra noite de bicicleta...” E por aí vai.
Algumas vezes, ao folhear livrinhos ou folhetos de orações, impressas encontrei estas duas palavras: Indulgência e Indigência. E sempre adiei ver o significado. A mente da gente vai ali num “terreno” que costumo chamar de “Achismo” (eu acho que é?...) e pronto. Ficamos com aquele conceito muitas vezes errado. Pois então:
“INDULGÊNCIA: característica de quem é indulgente, quem tem a capacidade, ou facilidade em perdoar os erros cometidos por outros indivíduos. Clemência, tolerância e perdão. Deriva do ato de absolver alguém de um castigo ou punição. INDIGÊNCIA: Subst.fem. situação de extrema necessidade material; penúria; miséria; pobreza; inópia. O conjunto de pessoas que vive nesta situação, mendicidade. Fonte: significados.com.br
DESEMBARGADOR X DESEMBARCADOR
O caro leitor e leitora, já ouviu alguém ‘trocando’ estas palavras? Eu já. Inclusive pessoas consideradas cultas. Cultas, feito o juiz Moro, que falou: “conje” ao invés de “cônjuge”; usou “Pr” abreviatura de pastor. Ao invés de “Pres.” presidente.
Mas o que faz um desembargador? Segundo o site ‘guiadacarreia.com.br
“Em linhas gerais um desembargador é um juiz. Seu trabalho é julgar questões processuais. Atuam no setor público. Podem trabalhar nos Tribunais de Justiça (esfera Estadual) nos Tribunais Regionais Federais e nos Tribunais Regionais do Trabalho (esfera Federal).” Ah! Creio que não existe a ‘função’ [pelo menos não achei no Google!] de desembarcador.
PRA ENCERRAR. VAMOS RIR! (SELEÇÕES -Homenagem as Mães)
“No vestuário do shopping:
-Mãe você tá linda!
Daí ouve-se uma voz vinda de outro provador:
-Olá? Me empresta sua filha por um instante...”
“Dois estudantes conversam:
-Tem Mães que tem intuição.
-Ah! A minha tem é radar.”
“Sobre filhos, acredito em dar e receber.
Eu dou Ordens, eles Recebem.”
FLAGRANTE DA VIDA REAL. vídeo no watsap.
Uma jovem repórter que pretendia denunciar a pesca predatória de caranguejos. Vê um senhor de meia idade que se aproxima do mangue. De microfone em punho resolve abordá-lo:
-O senhor vai fazer o que?
-Minha ‘fia’... Eu mesmo, ia dar uma cagada.
Fabio Campos, 11 de maio de 2019. FELIZ DIA DAS MÃES PARA TODOS. *ASLCA - Academia Santanense de Letras Ciências e Artes.
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