Djalma de Melo Carvalho
Membro da Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes
O comunicado em rede social apanhou-nos de surpresa, assustando-nos. A dolorosa notícia, assinada por Pauline, dizia: “É com muita tristeza que comunico a todos que a nossa amada Tereza Rezende virou estrela e hoje está fazendo a viagem para a casa de Deus.”
Para nós outros, dela ficou a eterna lembrança de como éramos gentilmente acolhidos em sua mesa de trabalho, indicando-nos novos e fascinantes roteiros de viagens turísticas. Empenhava-se no incentivo a novas viagens, porque ela conhecia todas as opções que indicava. Vez por outra, fazia-nos o convite: “Vamos à Turquia?!” Acompanhou-nos, sempre solícita, em algumas viagens a Gramado, na Serra Gaúcha, em cruzeiros, e a países da Europa, entre outras.
Nos animados carnavais e nas elegantes festas de réveillon no Mar Hotel, no Recife, por exemplo, lá estava Tereza Rezende, acompanhada de enorme contingente de alagoanos, clientes de sua agência de viagem, em confraternização.
Tereza Rezende (1948-2017) tinha prazer de viajar. Nela surpreendiam-nos disposição e coragem para largar-se pelo mundo afora, acompanhada ou não. Ora encontrava-se em Buenos Aires, Panamá, Estados Unidos; ora na Europa, Ásia e tantos outros recantos do mundo.
Agora, resta à filha Pauline e irmãs a continuidade do vitorioso projeto da agência Tereza Rezende Turismo, empresa muito bem conceituada no ramo de turismo em Alagoas. Basta que elas mantenham a mesma equipe de trabalho e seu competente bastidor operacional.
Barra Grande, aprazível praia em Maragogi, onde possuía casa de veraneio e sítio, lugar de origem de sua família, era, seguramente, seu recanto para descanso, banho de mar e merecido lazer. O destino reservou-lhe o cemitério local para sua última morada, agasalhando-a entre os restos mortais dos seus antepassados.
Inúmeras amigas e amigos, consternados, assistiram à missa do sétimo dia do passamento de Tereza Rezende, celebrada na Igreja de São Pedro, na Ponta Verde, aqui em Maceió, rendendo-lhe as últimas homenagens. Lotada estava a igreja, numa cabal demonstração do quanto ela era querida e admirada na sociedade maceioense.
Durante a celebração da santa missa, anotamos duas frases de Santo Agostinho, inseridas no livreto distribuído, que, afinal, têm tudo a ver com Tereza Rezende, que dizem: “O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.”
Que Deus a tenha no Reino do Céu.
Maceió, março de 2017.
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