RABO DE FOGUETE

Clerisvaldo B. Chagas

RABO DE FOGUETE
(Clerisvaldo B. Chagas, 5 de fevereiro de 2011).
Para Malta, Primo Véi, Henrique, Expedito, Fábio, Valter, Sérgio, Valões e Flávio.

Uma das promessas de campanha de Dilma Rousseff acaba de ser cumprida numa velocidade sem precedente. O que se falava sobre seu ritmo de trabalho começa a ser redescoberto como verdadeiro. E o ministro que pensava em ser ministro para fazer pose diante da família, dos amigos, da mídia, com certeza logo cairá. A presidenta tem ritmo forte nos seus trabalhos vinte e quatro horas e vive de fato com obstinação de tarefas incansáveis. Quem não aguentar e agir como boi ronceiro, certamente ficará fora do carro. Além do trabalho incessante, Dilma parece estar em vigília, atenta aos movimentos diários dos seus ministros. Ao colocar nas farmácias populares, medicamentos gratuitos para hipertensos e diabéticos, Rousseff, pela rapidez das negociações com fabricantes e celeridade na implantação do sistema, marca um precioso tento na credibilidade brasileira. E esse crédito recai diretamente na conta dos necessitados. Com os medicamentos diretos nas farmácias, a presidenta livra o povo, nesse sentido, das unhas cruéis de prefeitos criminosos, carcarás dos pobres que negam ou liberam remédios de acordo com a cara do dia.
Na solenidade de lançamento do programa, junto aos fabricantes de medicamentos, a presidenta foi bastante aplaudida no salão. Mas, em cada residência desse país onde há um diabético, um hipertenso, saíram muitos mais aplausos através dos corações. Preces pelas bênçãos aos que protegem o povo, aos que zelam pelo povo e ganham olhares aprovadores do Supremo. Marca igualmente o governo Dilma a sua visita ao Congresso. Primeiro, quando vai pessoalmente prestigiar aquele poder de equilíbrio democrático; segundo, quando pede apoio do Legislativo para erradicar a miséria do país. Esses dois acontecimentos dão início a administração séria, humana e técnica onde o compromisso parece ser conduzir o Brasil ao seu grandioso destino e ao interno bem-estar da sua gente.
A inércia, o marasmo, a indolência, característica de dirigentes pretéritos, chega aos últimos dias na dinâmica trazida pela primeira mulher de comando nacional. Os candidatos aos cargos mais altos do Executivo ficaram ao longo da caminhada, ou por que eram sujos ou por que tinham “dores nas costas”. O ferrão do carreiro demonstra ser afiado, bem dirigido e penetrante aos que sonham com redes nas varandas e uísques de safras espetaculares. Esperamos com as mãos aos céus que não seja quebrada tão cedo, a sucessão de bons dirigentes no planalto. O brasileiro já não aguentava mais de tanto pegar em RABO DE FOGUETE.

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