A catástrofe acontecida em território japonês foi lamentável e prevista. As prevenções contra fenômenos naturais não são totalmente seguras, apesar de todos os avanços que existem. Terremotos, maremotos e seus efeitos devastadores, furacões, erupções vulcânicas, fazem parte da renovação normal do planeta. São forças descomunais que levam o homem a procurar entendê-las e tentar, através desse conhecimento científico, conviver com elas. Essas forças não são inimigas e nem amigas, simplesmente elas existem e não podem ser ignoradas. O Japão estar assentado em um dos lugares mais perigosos da Terra. Faz parte do “Círculo do Fogo” ou do “Cinturão do Fogo”, que é uma enorme sucessão de vulcões nessa área do oceano Pacífico. Somente no seu território − arquipélago que congrega 6.852 ilhas – existem entre 80 e 108 vulcões em atividade. As principais ilhas são a de Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku que correspondem a 97% do território. 70% do país são florestas e montanhas, deixando a planície costeira para uma grande concentração de pessoas. O mar exerce importantíssimas influências em países arquipélagos. Geralmente são as planícies costeiras as mais procuradas pela população. Grande parcela da sobrevivência vem do oceano, todavia, também as planícies estão mais sujeitas aos ventos arrasadores e indomáveis, bem como aos tsunamis que são ondas fortíssimas provocadas pelos maremotos.
Estamos solidários com o bravo e laborioso povo japonês, principalmente nas imensas dores que caracterizam familiares mortos ou desaparecidos. Esse território é habitado desde o período paleolítico, fala a língua japonesa e ganhou o título de “Origem do Sol” ou “Terra do Sol Nascente”. O padrão de vida japonês é alto e mostra a maior expectativa de vida do Planeta. Representa a terceira economia, é o quarto maior exportador e o sexto maior importador. Na política, o Japão é monarquia constitucional, onde o imperador é simbólico e cuja força fica com o primeiro-ministro. Com 377.815 km2 de superfície total, o Japão é menor do que o estado de Minas Gerais. Além das florestas e montanhas, pequena parte do território pratica a agricultura e a pecuária. Seus rios são curtos e despejam no mar. Sua população é envelhecida por causa da baixa taxa de natalidade, gerando um problema de falta de mão de obra jovem para impulsionar o país. A terra do Sol Nascente lidera no campo de pesquisa científica e tecnológica, maquinaria, eletrônica, robótica industrial, óptica, química, semicondutores e metalurgia. Apesar de tantos avanços, o Japão também possui uma alta taxa de suicídios.
É esse país incomum que o mundo aprendeu a admirar e que foi agora vítima de mais um lance da natureza. Logo ele que não para de aplicar lições de Ecologia com projetos bonitos e ousados para uma vida melhor no presente e para o futuro. Como uma tragédia nunca vem sozinha acompanha o tsunami o escapamento de gás contaminado de sua usina nuclear. Outro problemão em potencial que deixa o mundo em suspense. Ainda bem que pelo menos setenta países prontificaram-se a ajudar nossos irmãos asiáticos, inclusive o Brasil. Solidariedade. Como na vida estamos sempre recomeçando, torcemos para que tudo seja recuperado na terra das cerejeiras, embora saibamos que difícil mesmo é LEMBRAR PELAS CICATRIZES.
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