JOGO DE XADREZ

Clerisvaldo B. Chagas

JOGO DE XADREZ
(Clerisvaldo B. Chaga, 12 de abril de 2011).

A China é um país sofrido pelas invasões de vários países, no passado. Ao longo da sua existência passou muitas necessidades e humilhações, mas inventou inúmeros aparelhos e outras coisas que ajudaram a impulsionar a humanidade. Para mencionar apenas alguns deles, temos a tecelagem da seda, chá, tinta, calibrador, pólvora, foguete, bússola, detector de mentiras, bicicleta, papel, óculos, caneta, periscópio, balança de peso, pluviômetro, compasso, leme, paraquedas, sino, tambor, álcool, fósforo, sismógrafos e jogo de xadrez. Passou um longo período isolada do mundo, fez revoluções internas e vem de um certo tempo para cá, trazendo o seu regime de exceção. Sua abertura para o mundo deu-se aos poucos, principalmente na área mais próxima ao mar, fazendo com que a China tivesse uma maneira própria de administração entre o socialismo pesado no interior e um capitalismo disfarçado no litoral. Decidindo progredir economicamente sem abrir mão do seu regime totalitário, esse país procura fazer as duas coisas juntas e detesta falar em liberdade política. Na verdade é um país difícil de lidar com ele, pois os costumes e a maneira de pensar são específicos.
Quando o mundo começou a despertar para as potencialidades comerciais da China, como os Estados Unidos, foram chegando devagar algumas empresas de marcas mundiais com objetivo de conquistarem um “negócio da China”, isto é, venderem para a maior população do mundo. Não é à toa, porém, que a China é considerada paciente. Não é nada fácil entrar no mercado Chinês. A China sabe que todos procuram um mercado excepcional, por isso procura impor condições que terminam sendo aceitas pelos países, como por exemplo, dividir com eles a tecnologia lá implantada. Além da paciência e das peculiaridades chinesas, o candidato a negociar com a China, vai enfrentar uma série de dificuldades impostas. É muito mais fácil negociar com qualquer outra nação de que com a China.No caso do Brasil, descobriu-se ser um bom negócio exportar para Pequim, açúcar, soja, minérios. Mas aquele país possui produtos de alta tecnologia, muito mais valiosos, não precisa importá-los do Brasil e quer nos vender o mais caro para comprar o mais barato, aliás, como já vem fazendo.
Essa viagem de Dilma a China, poderá ser uma visita tipo quebra-gelo a render alguma coisa para o futuro. De
imediato, não haverá vantagem alguma para o Brasil. Apesar de todo aparato por trás da presidenta, é de se contar com tudo que é diferente na China. Não é só brasileiro que gosta de levar vantagem. Nessa faixa de luta o chinês é mestre e observador de paciência infinita. Não só o Brasil, mas também Estados Unidos ou outra nação qualquer do Ocidente suam quando sentam à mesa para entendimento com os seguidores de Confúcio. Dilma é boa jogadora, mas não esquecer que foram os chineses que inventaram o JOGO DE XADREZ.

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