SERRAS AZUIS

Antonio Machado

Nos fundamentos do mundo Deus criou as maravilhas antigas por volta do século VII a.C, cujo autor foi o primeiro rei da China, que passou para a história como o criador das 07 maravilhas do mundo, que coube ao Qin Soi Wuang, com uma extensão de 21,196km; tornar-se ia na esteira dos anos, a segunda maravilha do mundo, as famosas maravilhas do mundo dada sua beleza invulgar, que, quando em 2007, resolveram repaginar tão importante obra para o mundo, ela permaneceu incólume.
Neste preâmbulo talvez, sem muito conteúdo científico, firmo esta crônica denominada de Serras Azuis, visto o nordeste e especialmente o Sertão onde me situo, serem ricos em belas e longas serras, dando um panorama rico e bonito, escondendo ainda grande parte da fauna e da flora e até jazidas de minérios. Mas como se originaram ou se formaram essas serras? Existem até várias versões sobretudo, dos estudiosos, não possuo elementos fundamentais para um trabalho abalizado, visto minha formação acadêmica ser em outra área. Tomo por escopo basilar, o livro do Êxodo no capitulo 07, 20 quando surge o dilúvio “As águas se elevaram quinze côvados acima dos montes...” talvez nesses paradoxos da natureza, que deixa o homem sem compreender os desígnios divinos, após as águas baixarem, têm surgido as grandes elevações, enfim, as serras que escondem os seus armistícios na fauna e na flora exuberantes.
As serras sempre me impressionaram por sua beleza furta cor, ao longe, as serras apresentam uma tonalidade azul veludo e muito bonito capaz de contagiar à distancia que só a natureza é capaz de fazer tanta beleza, assim são os seres do meu sertão. Comprova-se hoje no fim do inverno que não houve, mas as serras estão verdes, azuis e cheias de belezas mil.
O mal que atinge as belas serras é sempre as grandes secas que periodicamente, surgem tirando a beleza agreste da região de tamanha envergadura.
Outro mal que aflinge as serras azuis são as queimadas internitentes, que sem dó nem piedade, leva tudo de roldão dizimando a fauna e a flora, muitas vezes deixando a técnica do homem incompetente para debelar a fúria do fogo e aí se leva anos a fio para se recuperar quando das boas trovoadas seguidas de bom inverno as serras se transformam cada vez mais bela, notadamente à distancia. As serras escondem verdadeiros tesouros, cavernas, grandes açudes em seu interior e até animais que se adéquam naqueles ambientes desconhecidos dos homens, mas perseguidos por eles. No quesito flores, as serras azuis possuem as maiores variedades de abelhas que produzem o delicioso mel, frutas silvestres e porque esquecer as lindas aves? Que carregam a beleza na plumagem o nome do canto das aves não se pode deixar a beleza do beija-flor, o canto meigo do bem-te-vi, a suavidade do canto da fogo - pagou contrastando com a melancolia da cauã e a solidão do socó, e a lerdeza do cágado e a vivacidade do gato sem esquecer as peripécias da natureza colocando pernas demais no imbuá e este não anda quase nada e na cobra nem um pé e esta sobe no cipó somente o criador seria capaz de tantas coisas desiguais e interessantes.
E essas serras azuis com sua fecunda e rica beleza a distancia são mais bonitas enriquecendo a natureza.

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