O primeiro livro da Bíblia, o Êxodo no primeiro e segundo versículos abrangendo do quarto versículo do segundo capitulo, narra sucintamente a criação do mundo, mesmo com algumas metáforas, mas o que importa é que o mundo está aí criado, dando muito trabalho ao seu Criador.
Lê-se nos interstícios do preâmbulo do livro santo, que o Criador, criou de primeiro as águas. Por que? Porque água é vida e as demais coisas e seres, viriam no desabrochar do tempo, porque o mundo não foi feito “a toque de caixa” a exemplo do “fiat lux” (faça-se a luz). Não, tudo teve seu tempo de acontecer, ver-se no livro do profeta Isaias, quando ele predisse 700 anos para a vinda do Salvador, a história registra que, quando ocorreu a plenitude dos tempos eis que nasceu o Salvador do seio casto de Maria Santíssima e de José seu esposo.
Voltando a vertente precípua do assunto, a água como elemento básico da vida, haja vista todo esse preâmbulo nasceu sinteticamente, a criação e a evolução da água, afirmam os oceanógrafos que a água existente no mundo está a mesma quantidade que foi colocada de quando no início, que o mundo possui ¾ de água sobre a Terra. Não possuo nenhum estudo abalizado na área para concordar ou discordar, por ser uma área complicada, devendo dela se ocupar notadamente, àqueles que possuem conhecimento sobejos, não um matuto metediço a escrever em jornal.
E a água? Há! Essa água nossa de cada dia vem nos tornando os dias mais amargos, porque está escassa parece até que os governantes estão se constituindo incompetentes no quesito água para o sertanejo, célula viva e vital para sua sobrevivência. Como se justifica uma cidade da pujança exuberante como é Olho d’Água das Flores encravada no médio sertão de Alagoas, integrante da Bacia leiteira do Estado, e ainda manda água para 21 municípios que sofrem as mesmas dificuldades, e ainda possui o nome olho d’agua que brota da terra, e tem água que dá flores que enfeitam a terra. Há! Prezado leitor, tudo isto parece uma utopia. E mais, está no meu livro OLHO D’AGUA DAS FLORES E SUA HISTORIA, inédito, trabalho este em que escrevi numa pesquisa de 25 anos, 10 para escrever e 30 para não publicar, por falta de recursos, sou professor, pois bem está no mesmo livro que a cidade distribui água encanada para 21 municípios sertanejos. E sabe quem mais sofre com a falta do precioso líquido? Os olho-d’aguenses, como se justificar tamanha disparidade? Só os altos dirigentes da Casal têm a resposta. O poeta Colly Flores escreveu que em seca da Aguazinha ao Gameleiro, meu pirão primeiro. Face a matéria em apreço, o mesmo poeta, mandou-me está décima, que só veio enriquecer meu trabalho: Ei-lo: “é uma seca da peste/ sem ter água para beber, / não sei mais o que fazer/ desde o sertão ao agreste/ é uma só reclamação/ na Aguazinha ao Pedrão/ é só sede e desassossego/ os canos todos secos/ até as meninas do beco/ não lavam mais as mãos”.
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