Antonio Machado
“Se não registrarmos hoje, o presente, amanhã ninguém conhecerá nosso passado” (Colly Flores)
A arte de escrever nasceu com o homem, porque as letras foram feitas por ele, e muitos antes de Cristo, os povos fenícios e os árabes legaram ao mundo o Alfabeto, como instrumento indispensável a comunicação dos povos civilizados, porque sentiram essa necessidade. Anos mais tarde, Dom Helder Câmara disse: “ninguém é melhor do que todos juntos”. Na Grécia antiga, Academus criou a primeira academia de letras, que passou para a história com o nome Academia, em sua homenagem. Saraus literários foram se formando passando pela França do Cardeal Rechilier êmulo, das letras daquele país, e chegou sorrateiramente a cidade de Arapiraca aos 14 de junho de 1987, levada pelas mãos e as idéias deste modesto cronista, que ao lado de veneráveis companheiros criaram a Academia Arapiraquense de Letras e Artes, hoje 24 anos depois é uma realidade palpável e grande, que avança com destaque no agreste e sertão de Alagoas, conquistando aos poucos, seus espaços merecidos.
Ora esse órgão maior das letras desta região, com a presidência do acadêmico Cláudio Olimpio dos Santos ao lado dos seus confrades, promoveram uma festa brilhante com autoridades, convidados que viveram momento inolvidáveis. A Academia de letras possui no seu quadro de sócios efetivos jornalistas de boa pena, com Roberto Gonçalves, Dr. Judá Fernandes, Madalena Menezes, Tony Carlos Monteiro, além de tantos outros de boa cepa, porém sequer, um deles nada escreveu sobre os 24 anos da existência da ACALA. O silencio foi a nota marcante de um grande evento. Escreveu Gilberto Amado: “A sabedoria é a arte de subir mais alto grau de si mesmo”. E esses jornalistas e escritores onde estão? Precisamos mostrar a Alagoas e a alhures, que essa academia existe e vai muito bem obrigado. O jornal Alagoas em tempo, semanário exemplar de Arapiraca, que noticia até briga de gato, sequer deu uma nota enfocando o caso. Aquela noite memorável ao som de um show do inimitável Manoel Tenório que cantou e encantou a todos, ninguém escreveu nada. É uma pena..., Mas Pitágoras escreveu: “aquele que sabe o que se pode saber, é um iluminado entre os homens”, e todos sabem e pode fazer e podem fazer bem mais por nossas letras. Esperei que alguém escrevesse sobre o fato, mas ninguém o fez sequer se aventurou a fazê-lo. Na mesma noite literária foi lançado o décimo número do Informativo ACALA, que circula com matérias dos acadêmicos enfocando assuntos dos mais variados, todos de primeira qualidade no campo literário, precisamos nos juntar mais, dando-nos as mãos para mostrar por meio de nossos escritos que a Academia Arapiraquense de Artes, ACALA possui bons e renomados poetas e prosadores em toda sua extensão, pois essa é a Academia que eu conheço, e orgulhosamente pertenço.
Vezes por outra, mormente, quando os jornais me dão espaços ,procuro divulgar em alto e bom som o nome dessa Academia, orgulho dessa terra, celeiro de tantos escritores e artistas que hoje já se ramifica por outras regiões, portanto, saiamos do silêncio e empunhemos a bandeira com a estrela gloriosa das Alagoas que é a Academia Arapiraquense de Letras e Artes. Salve a ACALA e seus 24 anos de existência (1987-2011).
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