MONSENHOR JOSÉ NASCIMENTO

Antonio Machado

MONSENHOR JOSÉ NASCIMENTO
ANTONIO MACHADO
O ser humano é para o que nasce ou para o que procura? Eis a questão. Outros afirmam, que o ser humano quando nasce para determinada profissão, ou cargo, ele procura. O Eclesiástico afirma que a vida religiosa está acima de uma profissão, por ser uma vocação, haja vista tratar-se de um chamamento de Deus, quando a Bíblia diz: “não fostes que me escolhestes, mas eu que vos escolhi”, talvez esteja aí a essência do ser sacerdote, ou religiosa. Outros dizem que as estatísticas afirmam que as igrejas católicas estão perdendo seus fieis, porem o bispo de Palmeira dos Índios, D. Dulcênio de Matos, nega isto, e afirma peremptoriamente, que os fieis mesmo, estão na igreja, os que estão saindo, é porque nunca foram fiéis de verdade. E se olhando estas expressões, sente-se que são deveras fundamentais e bem pensadas. E assim caminha a igreja...
O lar do piedoso casal Pedro Raimundo de Oliveira e D. Maria José do Nascimento, foi orvalhado com o nascimento de José Nascimento de Oliveira, no município de Palmeira dos Índios, isto há mais de oitenta anos. E esse garoto, trouxe por vocação a vida sacerdotal, tendo ingressado no Seminário de Maceió, posteriormente foi para o Recife e veio a concluir Teologia em Viamão no Rio Grande do Sul, ordenado-se sacerdote católico, aos 17 de julho de 1962, uma vida para Deus, que lhe agraciou com o trabalho pastoral nas paróquias de Pão de Açúcar, Major Izidoro, Santana do Ipanema, São Sebastião e hoje em Palmeira dos Índios aos pés da Senhora do Amparo, onde continua exercendo sua vida sacerdotal com muito zelo apostólico, como um decano vivo e atuante da Diocese de Palmeira dos Índios, mesmo já octogenário, hoje Monsenhor José Nascimento de Oliveira ainda tem pai vivo com 105 anos de vida, constituindo-se um caso raro na Diocese. Anualmente o bispo D. Dulcênio de Matos reúne todos os membros apostolado da Oração do Coração de Jesus de sua diocese que atualmente abrange mais de trinta municípios paróquias, sempre no dia 15 de novembro de cada ano, e este ano ocorreu na cidade de Olho d´Água das Flores, que acolheu mais de quinhentos membros desse movimento religioso, durante todo dia, num ambiente de canto, adoração e louvores, tendo o próprio bispo confessado o povo com muitos outros padres, tendo a frente o zeloso pároco da cidade, Pe. Clodoaldo Almeida. E lá estava Monsenhor José Nascimento cantando e pregando para o povo, forte altaneiro com os cedros do Líbano, porque soube em quem colocou sua esperança, porque jamais duvidou de sua vocação, tendo feito dela seu fanal maior na busca de conquistar todos para Deus, fazendo jus as palavras de Jesus, Senhor, que eu não perca nenhum daqueles que me destes. Como parte integrante do cabide da Diocese, Monsenhor José Nascimento de Oliveira, por sua preciosa vida exemplar aos olhos de Deus, tem em seu bispo, seu timoneiro maior, gozando de prestigio e consideração daquele prelado. As vaidades do mundo não lhe ofuscaram a vocação para sua igreja, doando-se a cada dia como a imolar-se para Deus, dentro do plano de Jesus, fazendo suas as palavras do Evangelho, quem perder sua vida por minha causa, vai ganhá-la no céu (Jesus Cristo), palavras estas para Monsenhor Nascimento possuem um significado mais que profundo, haja vista atingir o cerne de sua casta alma, oxalá, pois, que, aquele ungido do Senhor, possa entregar sua alma ao Criador tão limpa e tão pura, quando do dia de seu batismo. Os anos cansam o organismo e vergam corpo, mas Monsenhor José Nascimento, está ereto ainda, como as palmeiras de Cades, como as centenárias palmeiras que crescem viçosas nos umbrais da catedral da Mãe do Amparo, com seus vértices apontando para o céu, numa alusão a alma cândida de nosso biografado, Monsenhor Nascimento. Esse piedoso sacerdote, fez das palavras de São Paulino, sua âncora de vida, “tenham os riscos as suas riquezas e os reis os seus reinos, vós, meu Deus, sois o meu tesouro e meu reino”, porque na vida, Monsenhor Nascimento não amealhou riquezas, confirmando as palavras santas de Sta. Maria Madalena de Pazzi, “Deus remunera as nossas boas obras segundo a pureza de coração”, e Jesus encerra o assunto, onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu coração.

Comentários