FASCÍCLOS QUE FASCINAM
Antonio Machado
Escreveu Dom Hélder Câmara (1909-1999) que: “ninguém é melhor do que todos juntos”. Afirma-se peremptoriamente, que, os fatos que formam os mosaicos da história, uma vez registrados, perpetuam-se no tempo. E foi pensando nestes aspectos que um grupo de intelectuais da Terra dos Marechais, na capital Maceió, se reuniu com o objetivo precípuo de recontar a história de Alagoas nos seus duzentos anos em fascículos fascinantes, tendo como parceiro a Organização Arnon de Mello. Todo trabalho foi centrado em quatro ângulos, a saber, história, economia, geografia e cultura ficando assim escalonado, história ficou sob a égide do afamado historiador Dr. Douglas Apratto Tenório, economia ficou sob a competência do D r. Cícero Péricles de Carvalho, professor da UFAL, geografia com a geóloga Rochana Campos de Andrade Lima, com doutorado e mestrado em geociências, enquanto cultura ficou com a escritora e museóloga, Dra. Carmem Lúcia Dantas, uma referencia dentro da cultura alagoana. Ambos os autores do trabalho primoroso, lançaram-se, pois, a equipe, em seu campo de ação, adentrando-se cada vez mais as pesquisas como subsídios substanciosos para àqueles que se aventuram a mostrar os fatos reais de um trabalho que foi entregue a sociedade para julga-lo, daí, pois, a responsabilidade de cada um.
Há pouco tempo um grupo escreveu a origem dos municípios alagoanos onde alguns membros dessa coletânea de agora, também participaram, cabendo a veterana Gazeta de Alagoas publicar o valioso trabalho. E agora a equipe escreveu todo o trabalho que foi dividido em dez fascículos encartados no Jornal Gazeta de Alagoas, e as terças-feiras os assinantes receberam esse presente cultural abrangendo todas as vertesses da história dos duzentos anos dessa saga histórica a ser comemorado festivamente no dia 16 de setembro do ano em curso (2017). A obra agora, encadernada se constituirá numa valiosa enciclopédia das Alagoas, focando toda a sua história feita por abnegados profissionais das letras alagoanos. As repartições públicas, entidades culturais, particulares e amantes da cultura têm em mãos esse documentário que enfeixa toda epopeia da história de Alagoas, escrita por estes escribas das letras e das artes do estado, onde cada um poderá se debruçar sobre este criterioso compêndio para alimentar seus conhecimentos e pesquisas, esse documentário Alagoas 200 anos em fascículos, se constituirá num referencial de valor literário, que, certamente, dividirá a história de Alagoas em dois capítulos, antes e depois da publicação desta obra. Max Webber (1864-1920), autor da Divisão Social do Trabalho, escreveu: “para estudar uma sociedade é preciso não se ter simpatia nem antipatia”, e foi dentro deste binômio que os autores da obra em epígrafe, a escreveram. Concluo o artigo com a máxima do Dr. Douglas Apratto Tenório: “a história é o facho da verdade, a mestra da vida, a lâmpada colocada a entrada do futuro para dissipar uma parte das trevas”.
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