A indignação nem sempre é provocada pela ira, mas pela discordância ocorrida na sociedade, mormente, quando imposta sem uma consulta partilhada na comunidade, quando a medida não abriga a todos o mesmo pé de igualdade, deixando muito a desejar, no preâmbulo da obra, o próprio escritor poeta Marcio Martins escreveu: “ se você ainda não percebeu que a indignação sem ação, não é indignação, és indigno e se indignar.”
Recentemente, recebi com uma lauda dedicatória um livro do poeta Marcio Martins, intitulada de Indignação. O jovem escritor, hoje membro atuante da ACALA. (Academia Arapiraquense de Letras e Artes), cuja obra, despertou-lhe atenção, deitei-me a ler, como dizia o imortal José Américo de Almeida, e não sosseguei, enquanto não dei cabo de ter lido a complexa obra de cunho filosófico, pois a ACALA, muito ganhou com a colaboração irrestrita desse neo confrade.
Caro escritor, poeta Marcio Martins, disse alguém que: “dizer muito com muitas palavras, é fácil, difícil, porém é dizer muito, com poucas palavras”, só as grandes inteligências iguais as sua são capazes desse feito. Pois, sua obra cresce à medida que a leitura avança, levando o leitor a questionamentos religiosos, político e tradicionais, o presidente Collor, com seu livro, Réplica para a história: uma Catarse sentencia: “ quem não vira a página do livro, não conhece a história toda”.
Sua obra, Marcio Martins, induz aos leitores notadamente, àqueles que admiram temas controvertidos, a exemplo de Dr. Carlindo de Lira, nosso confrade, pessoa de destaque cultural dada sua qualidade e homem das letras, dentro ainda de sua jovialidade e bafejos da juventude que a vida lhe reserva, levando Charles Ketteérng (1876-1958), escrever: “onde se encontram mentes abertas, sempre haverá uma fronteira”, o modo de agir de cada um está intrinsecamente ligado ao ser, não se dobrando as subjetividades, que não nos levam a lugar nenhum. O livro Indignação desses cultuador das letras, Dr. Marcio Martins, que ora comento, encontram-se apanágios para várias direções que a vida nos impõe, desde que saibamos direcionar para o ideal que se tem. Às páginas 83 e seguintes, você escreveu: “se sonhas com justiça, não se deixe seduzir pela omissão”, coadunando-se muito bem, o que ora escrevemos.
Você, caro escritor poeta, encontrou os bafejos poéticos como a receber do mítico Zeus, êmulo da mitologia grega, o dom da poesia, sempre encontrando poesia em toda sua extensão, tornando-a mais instigante e mais bela no enriquecimento literário, como escreveu Octávio Paz (1914-1998), “a poesia vem das profundezas do ser corresponde as experiências mais profundas do que a prosa”, sendo laboriosa e cultuada e várias vertentes literárias do seu livro, talvez, um pouco também, de você, percebe-se com sutileza isto nos instestícios no decorrer de seu livro.
Continue caro escritor você é isto, nasceu para isto, as nossas sociedades estão carentes de gente igual a você, que sabe colocar no papel, o que muitos não fazem com as palavras e atitudes.
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