Contava-me minha mãe que da porta de casa, viu surgir a sorveteria “O Pinguim”. Erguida pelo então intendente Firmino Falcão Filho, lá pelos idos de 1955. Intendentes, assim eram chamados os prefeitos municipais nomeados pelos governadores de estado. Mamãe viu tudo ser feito, desde o começo. Desde a medição, ao alicerce, a concretização e a inauguração. Na parte de baixo funcionava sorveteria e lanchonete, a parte de cima servia de palanque oficial. O largo do Monumento se tornaria assim, palco dos mais importantes eventos da cidade fosse cívicos, religiosos ou populares.
“O Pinguim” mudaria de dono por mais duas vezes, pertenceria a doutor Adelson Isaac de Miranda, odontólogo, e diretor do Ginásio Santana, que o entregaria ao seu sobrinho, apelidado de “Pé de Pato”. Este mudaria o nome do estabelecimento pra outra ave: “Toca do Pato”. Outro proprietário que também foi administrador municipal, o empresário da construção civil, senhor Paulo Ferreira de Andrade.
“A Toca do Pato” mudaria de inquilino, várias vezes. Sendo alugada por dois forasteiros, da vizinha cidade de Jacaré dos Homens, primeiro Seu Arlindo, e depois Seu João da Toca, que tentariam mudar o nome pra “Toca do Jacaré”. Porém os nomes já consolidados: “Toca do Pato” pelos mais jovens, e “O Pinguim” pelos mais antigos persistiria. Depois passaria pelas mãos de “Canário” pai do ex-vice-prefeito e ex-vereador Edson Magalhães, que poderia ter tentado um novo nome de ave: ”Toca do Canário” ao meu ver, seria outra vã tentativa. Ainda com o formato de lanchonete passaria pelas mãos de Olival um ex-mascate vindo de Palmeira dos Índios, depois por Cesar Ferreira Barros, filho de dona Zilda, e neto de dona Beatriz, dona do “Hotel Santanense” que ficava ali próximo.
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Colunistas: O PINGUIM DE SEU NÔZINHO
LiteraturaPor Fábio Soares Campos 31/10/2023 - 09h 56min Acervo José Pinto de Araújo
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